E o Oscar vai para… nossa Fernandona! Nesta quarta-feira (23), o primeiro trailer do novo filme de Fernanda Montenegro, “Vitória”, finalmente foi divulgado. O longa é baseado no livro-reportagem “Dona Vitória da Paz”, do jornalista Fábio Gusmão, inspirado na história real de uma idosa que, por meio de filmagens feitas da janela de seu apartamento, denunciou um esquema de tráfico de drogas em Copacabana, no Rio de Janeiro. A estreia nos cinemas está marcada para o dia 13 de março de 2025.
Na trama, Fernanda Montenegro interpreta Dona Nina, uma idosa que descobre e grava as operações do tráfico em sua vizinhança na Ladeira dos Tabajaras. A ação levou cerca de 30 pessoas à prisão, incluindo traficantes e policiais corruptos. A história real de Dona Vitória ganhou as manchetes em 2005, quando o jornal Extra publicou a reportagem original que deu origem ao livro de Gusmão.
Com direção de Andrucha Waddington, o longa também traz Alan Rocha no papel do jornalista que ajudou a revelar o caso ao público. O filme foi inicialmente dirigido por Breno Silveira, que faleceu durante as filmagens em 2022, vítima de um ataque cardíaco. Andrucha assumiu a direção após a tragédia, com a intenção de finalizar o projeto como uma homenagem ao amigo e colega de longa data.
A produção ainda inclui Linn da Quebrada, Sacha Bali, Thelmo Fernandes, Laila Garin, Henrique Manoel Pinho e Thawan Lucas no elenco. Assista ao trailer:
Polêmica sobre representatividade
Apesar do entusiasmo gerado pela presença de Fernanda Montenegro no elenco, a escolha da atriz para interpretar a personagem principal levantou discussões sobre representatividade. Isso porque a verdadeira Dona Vitória, cujo nome verdadeiro era Joana Zeferino da Paz, era uma mulher negra. Na época das filmagens, Dona Vitória ainda vivia sob proteção do Programa de Proteção à Testemunha, e sua identidade só foi revelada publicamente após sua morte, em fevereiro de 2023, quando o filme já estava sendo rodado.
Internautas questionaram a decisão, ressaltando que a escalação de uma atriz negra seria mais apropriada para representar fielmente a história de Dona Vitória. No entanto, muitos usuários reforçaram que a produção não teria como saber a identidade da mulher.