Menos de um ano após a morte de Chadwick Boseman, o elenco de “Pantera Negra: Wakanda Para Sempre” teve de seguir com os trabalhos e dar início às gravações do longa. Mas isso não foi das tarefas mais fáceis… Em entrevista ao Splash, divulgada nesta quarta (16), Lupita Nyong’o contou como a rotina no set de filmagens contava com muitos momentos de choro entre os atores. A atriz ainda assumiu que não via como a produção poderia seguir adiante, e revelou o que a fez mudar de ideia.
Segundo a intérprete de Nakia, a perda de Chadwick abalou muito a todos. “O clima mudou. Acho que todos nós estávamos lidando com o luto em tempo real, fazia apenas alguns meses desde sua morte quando começamos a fazer este filme. E assim ainda era muito, muito cru para nós”, declarou ela. Sua intenção – e força de vontade – de estar no longa vinham justamente do desejo de dar seguimento ao que o astro deixou. “Pessoalmente, fiz ‘Wakanda: Para Sempre’ com a intenção de honrar o seu legado”, acrescentou ela.
Mas era inevitável não ceder à emoção… De acordo com Nyong’o, as lágrimas fizeram parte do cotidiano do set, no qual se revezavam para viverem o luto. “Ao fazê-lo [o filme], é como estar de coração aberto com o processo [de luto], mas também foi muito reconfortante voltar com o elenco, porque por causa do elenco e da equipe, porque todos passamos pela mesma perda, então nós tínhamos um ao outro e podíamos nos apoiar um no outro. Às vezes, nós desmoronamos e chorávamos. Revezamos para chorar. Enquanto um chorava, os outros eram fortes para nos segurar”, recordou.
Entretanto, as boas lembranças do eterno intérprete de T’challa traziam um conforto ao elenco e à equipe. “Rimos juntos. Relembramos coisas que aconteceram na última vez que fizemos esse filme com ele. Sua presença foi sentida. Dissemos seu nome quase todos os dias. Ele estava ao nosso redor. Foi bom e saudável fazer o filme desta maneira”, continuou.
Antes disso, no entanto, Lupita não fazia ideia de como o filme poderia continuar sem a presença de seu herói. “No começo, pensei: bom, obviamente não há caminho a seguir. Eu me perguntava: ‘como se lida com isso?’, ‘como você segue em frente?’, ‘como seguimos em frente?’. No fim, é disso que trata este filme: como você segue em frente?”, pontuou.
Mas ao longo do processo, a artista reconheceu como o longa tornou-se um marco. O primeiro longa de “Pantera Negra” fez história por sua representatividade negra, além de ter conquistado uma das 15 maiores bilheterias da história do cinema. Diante de tamanha importância, fazia sentido prosseguir com o legado do inesquecível protagonista e seu herói. “A história do Pantera Negra significa muito para muitos. E acho que ele gostaria que nós continuássemos; ele gostaria que avançássemos, mesmo não ignorando a perda que tivemos”, pontuou.
Assista à entrevista abaixo: