Quem diria que Hogwarts poderia ser bem diferente do que conhecemos! Isso porque a saga de filmes do bruxinho mais conhecido do mundo poderia ter sido dirigida por ninguém menos que Steven Spielberg. Contudo, o veterano de Hollywood contou em um vídeo da Reliance Entertainment, divulgado recentemente, que recusou a proposta por um motivo bem especial.
“O significado pessoal sobre [como o conflito entre] arte e família vai partir você ao meio aconteceu comigo mais tarde, depois que eu já havia me estabelecido como cineasta, como diretor de trabalho”, disse Spielberg ao diretor SS Rajamouli. O premiado cineasta foi inicialmente convidado com a oportunidade de dirigir “Harry Potter e a Pedra Filosofal“, de 2001, a primeira adaptação cinematográfica da série de livros best-seller de J.K. Rowling. Porém, ele “optou por recusar” a oferta para “ficar com a família”.
O vencedor do Oscar relembrou o início de seu casamento com a atual esposa, Kate Capshaw, e como precisou adaptar sua vida profissional para ficar com a amada. “Kate e eu começamos a criar uma família e começamos a ter filhos. A escolha que tive que fazer foi aceitar um emprego que me levaria para outro país por quatro ou cinco meses, onde não veria minha família todos os dias… Foi uma experiência emocionante”, analisou. Por isso, nos anos seguintes, ele escolheu a dedos os projetos nos quais iria se envolver. “Escolhi recusar o primeiro Harry Potter para basicamente passar o próximo ano e meio com minha família, meus filhos pequenos crescendo”, explicou.
O filme acabou sendo dirigido por Chris Columbus, que também dirigiu “Harry Potter e a Câmara Secreta”, de 2002. Mas Spielberg explicou que não se arrependeu da decisão. “Então eu sacrifiquei uma grande franquia, que hoje, olhando para trás, estou muito feliz por ter feito, para estar com minha família”, acrescentou. Depois disso, Spielberg continuou em Los Angeles e aproveitou para dirigir a ficção científica futurista “A.I. – Inteligência Artificial”, de 2001.
Anteriormente, o cineasta por trás de “Indiana Jones“, “Tubarão“, “E.T.” e muitos outros, já havia falado sobre recusar o longa estrelado por Daniel Radcliffe, que arrecadou US$ 974 milhões nas bilheterias mundiais – cerca de R$ 5 bilhões, na cotação atual do dólar. Em entrevista ao Digital Spy em 2012, ele disse: “Eu simplesmente senti que não estava pronto para fazer um filme só para crianças; meus filhos pensaram que eu era louco. E os livros eram populares naquela época, então quando eu desisti, eu sabia que seria um fenômeno”.
O diretor americano está atualmente concorrendo na categoria de “Melhor Diretor” do Oscar, por seu filme semi-autobiográfico “The Fabelmans”, que também está indicado em mais seis categorias, incluindo “Melhor Filme”.
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