Um colega de classe abriu o jogo sobre o comportamento de Bryan Kohberger em sala de aula. Em entrevista para o jornal Idaho Statesman, Ben Roberts descreveu como era a atitude do suspeito durante as aulas de pós-graduação da Washington State University, cujo primeiro semestre terminou no início de dezembro.
O estudante explicou que Kohberger era bastante conversador – exceto quando traziam à tona os assassinatos dos quatro estudantes da Universidade de Idaho. “Bryan só falava sobre seu interesse em psicologia forense. (…) Ele se sentava bem no meio da sala, não se escondia no fundão. Ele era um aluno incrivelmente participativo e falava durante as aulas todas as vezes“, relembrou.
Por isso, foi uma surpresa quando o homem ficou quieto durante uma discussão sobre os assassinatos, que ocorreram na cidade de Moscow, em Idaho, em novembro do ano passado. “Ele ficou em completo silêncio“, explicou o colega. Ben afirmou que, olhando para trás, esse poderia ser um indicativo de culpa do estudante.
Em seguida, Roberts acrescentou que Bryan adotava um tom mais agressivo quando debatia com mulheres. Outro estudante ouvido pela publicação, que preferiu não se identificar, revelou que o réu era grosso com “indivíduos da comunidade LGBTQIA+, pessoas de comunidades marginalizadas, com deficiências e mulheres“. Ele ainda disse que Kohberger se declarava um “crente do casamento tradicional“.
Ao Seattle Times, Roberts acrescentou que achava o colega de classe “super estranho“. “Uma coisa que ele sempre fazia, quase sem falta, era encontrar a maneira mais complicada de explicar alguma coisa. Ele tinha que ter certeza de que você sabia que ele entendia algo“, afirmou.
Relembre o caso
Bryan Kohberger foi preso em 30 de dezembro do ano passado, acusado de matar a facadas Kaylee Gonçalves, de 21 anos, Ethan Chapin, de 20, Xana Kernodle, também de 20, e Madison Mogen, de 21. O crime ocorreu em 13 de novembro. No dia, a polícia recebeu um chamado envolvendo um “indivíduo inconsciente”.
Todas as vítimas eram alunas da Universidade de Idaho, e estavam numa casa em uma vizinhança próxima da caixa d’água estampada com o logo da instituição. Segundo o The New York Times, a cidade, que tem cerca de 25 mil habitantes, não registrava um assassinato desde 2015.
À Fox News, um policial revelou o cenário assustador que foi encontrado na residência em que o crime aconteceu. O sangue das vítimas chegou a descer pela parede, pingando do quarto do primeiro andar. Foi possível ver o líquido escorrendo até mesmo do lado de fora da casa, na parte dos fundos. “Foi uma cena muito sangrenta no lado de dentro”, afirmou o agente. (Alerta: imagens fortes!) Veja as fotos, clicando aqui.
Horas antes do assassinato brutal, o casal Ethan e Xana estava numa festa no campus, enquanto Kaylee e Madison foram até um bar no centro da cidade. As duas meninas, inclusive, foram registradas pelas câmeras de segurança. Todos eles voltaram para a casa de suas amigas após 1h45 da manhã. Catharine Mabbutt, médica-legista do condado de Latah, informou que todas as vítimas estavam dormindo quando foram assassinadas.
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