Hugo Gloss

Após proibição na China, homens passam a vestir lingeries em propagandas

A China proibiu mulheres de usarem lingeries em propagandas on-line. Modelos masculinos estão substituindo-as, vestindo as peças íntimas em vídeos de divulgação ao vivo nas redes. Segundo a CNN, a medida é consequência de uma lei aprovada há pouco tempo pelo Partido Comunista Chinês (PCC), com o intuito de restringir a circulação de material adulto e “imagens femininas sensuais” na web.

Com a medida, empresas do ramo começaram a divulgar as novas campanhas desde dezembro do ano passado. “Não temos escolha”, confessou o proprietário de uma companhia de propaganda on-line, Mr. Xu, ao jornal Jiupai News. “Esta não é uma tentativa de sarcasmo. Todos estão levando muito a sério o cumprimento das regras”, acrescentou. De acordo com o portal Business Insider, as empresas que ignorarem a ordem podem ser punidas e indiciadas por disseminar “conteúdo obsceno”.

Em imagens que viralizaram na web, é possível ver rapazes vestindo camisolas e até sutiãs, enquanto tentam vender os produtos. “Já não basta os homens saírem na frente em tudo no mundo dos negócios… Agora até pra vender lingerie, as mulheres são trocadas. Que mico”, reagiu uma internauta brasileira no Twitter. Outra pessoa ironizou a situação: “Pagando bem, eu também faço”. “Achei uma delicia, mas um horror ao mesmo tempo”, escreveu ainda uma terceira.

Na China, homens usam lingeries para vendê-lás no lugar das mulheres (Foto: Reprodução/Twitter)
Os modelos vestem camisolas e até sutiãs para divulgar os itens (Foto: Reprodução/Twitter)

Confira mais reações:

Ainda conforme a CNN, a prática não é tão bizarra na China. Por lá, um dos influenciadores de compras ao vivo mais bem-sucedidos do setor é justamente um rapaz, Austin Li Jiaqi, que ficou conhecido como o “Rei do Batom”, depois de vender 15 mil batons em cinco minutos em 2018.

Atualmente, as vendas on-line são parte essencial do mercado na China continental. Com a pandemia da Covid-19 que prejudicou diversos negócios físicos desde 2020, o mercado virtual recebeu um grande impulso no país. Segundo um relatório do ano passado da iResearch, empresa com sede em Pequim especializada em medir o crescimento do público online, a previsão é de que o setor de transmissão ao vivo valha até US$ 720 bilhões, ainda este ano.

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