Hugo Gloss

Após sobreviver à injeção letal, assassino no corredor da morte será executado com método inédito em estado dos EUA

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Assassino do corredor da morte que sobreviveu a injeção letal será executado com novo método nos EUA. (Foto: Departamento de Correções do Alabama/ Unsplash; Matthew Ansley)

Alan Eugene Miller, um assassino condenado ao corredor da morte por três assassinatos brutais, sobreviveu a uma primeira execução por injeção letal. Agora, segundo o Daily Star, o criminoso será executado mediante a utilização de um novo método envolvendo nitrogênio, no Alabama, Estados Unidos.

Miller, condenado pelo assassinato de três homens no local de trabalho, em 1999, sentiu seu corpo inteiro se contorcer de dor na tentativa de injeção fracassada, que ocorreu em 22 de setembro deste ano. A equipe médica realizou ao menos 18 tentativas frustradas de encontrar uma veia para injetar, enquanto o condenado se contorcia em uma dor excruciante.

Os advogados de Alan alegaram que o preso experimentou uma “angústia mental e física” com a execução malfeita. “O Sr. Miller podia sentir suas veias sendo empurradas dentro de seu corpo por agulhas. Nauseado, desorientado, confuso e com medo de saber se ele estava prestes a ser morto… sangue estava vazando de alguns de seus ferimentos”, relatou a equipe jurídica do condenado. 

Após a primeira tentativa falha, o preso entrou com uma ação federal contra os funcionários da prisão, em outubro deste ano. Na época, segundo o The Mirror, a equipe jurídica de Miller acreditava que o estado estava violando seus direitos dispostos na oitava emenda da Constituição norte-americana, que o protegia de punições cruéis.

Alan Eugene Miller foi condenado em 1999 pelo assassinato de três homens. (Foto: Departamento de Correções do Alabama)

Assim, em uma decisão judicial desta segunda-feira (28), o Estado do Alabama e os advogados de Eugene concordaram que não haverá uma segunda tentativa de usar uma injeção letal para a execução. Será utilizado um método por hipóxia de nitrogênio gasoso letal para matá-lo. O procedimento, no entanto, nunca foi utilizado pelo Alabama para execução de nenhum preso e ainda não existe um protocolo para seu uso.

A decisão judicial garante, ainda, que todas as tentativas futuras de condenar o preso à morte serão feitas através de hipóxia de nitrogênio. O procedimento forçaria Miller a respirar gás nitrogênio puro, a partir de uma máscara colocada em seu rosto. Com o método, os níveis de oxigênio no sangue do condenado são reduzidos a um ponto em que se torna fatal.

Apoiadores da hipóxia de nitrogênio garantem que é uma alternativa mais humana. Esse tipo de pena de morte foi permitido como um método legal no Alabama desde que a governadora Kay Ivey o aprovou, em 2018. Apesar disso, a máscara de gás ainda não foi utilizada em nenhuma execução no estado.

Alan Eugene Miller foi condenado ao corredor da morte após uma matança em 1999, na qual ele assassinou três pessoas a tiros no local de trabalho. Ele está preso no Departamento de Correções do Alabama desde então. As vítimas foram Lee Holdbrooks, Scott Yancey e Terry Lee Jarvis, mortas na região de Birmingham, Alabama.

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