Após tragédia com brasileira, Monte Rinjani registra novo acidente com alpinista malaio; saiba detalhes

Identificado pelas iniciais NAH, o homem foi resgatado em segurança nesta sexta-feira (27)

Um novo incidente no Monte Rinjani, na Indonésia, reacendeu o alerta para os riscos enfrentados por pessoas na região. Desta vez, um alpinista da Malásia, identificado apenas pelas iniciais NAH, escorregou em um trecho úmido e rochoso próximo ao Lago Segara Anak na tarde desta sexta-feira (27), mas foi resgatado com vida.

De acordo com o jornal Jakarta Globe, o acidente aconteceu a cerca de 200 metros da ponte que leva ao lago, numa área já conhecida pelos desafios do terreno, que se tornam ainda mais perigosos em dias de chuva.

A queda ocorreu uma semana após a brasileira Juliana Marins cair em uma ravina na mesma montanha. Juliana foi encontrada morta a aproximadamente 600 metros de profundidade após quatro dias de buscas prejudicadas pelo tempo e pelas condições do local.

A morte da brasileira gerou críticas à resposta das autoridades indonésias, acusadas de demora na operação de resgate. A administração da província de Nusa Tenggara Ocidental negou qualquer negligência e afirmou que mobilizou todos os recursos disponíveis na tentativa de salvamento.

Alpinista foi resgatado em segurança. (Foto: Reprodução/Facebook)

Sobre o caso do alpinista malaio, as autoridades locais se pronunciaram. “A evacuação foi rápida após recebermos relatos circulando em grupos de WhatsApp sobre escalada“, afirmou Yarman, chefe da Agência do Parque Nacional do Monte Rinjani (TNGR), segundo o Jakarta Globe.

Equipes de resgate acessaram a área pela rota Torean, um trajeto alternativo utilizado frequentemente em evacuações médicas. O alpinista estava consciente e foi levado ao centro de saúde comunitário de Senaru, onde exames revelaram apenas escoriações leves na cabeça. “Ele conseguiu andar após o tratamento e, desde então, voltou ao grupo, chegando a visitar as cachoeiras de Senaru“, disse Yarman.

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Diante do susto, as autoridades reforçaram os alertas sobre os riscos das trilhas no Monte Rinjani, especialmente nos trechos mais populares, como os que levam ao Lago Segara Anak: “A trilha é rochosa e escorregadia. Pedimos a todos os escaladores que tenham mais cuidado“.

Yarman também defendeu a importância de seguir com guias e operadores licenciados, destacando a necessidade de regras de segurança mais rígidas e maior supervisão em pontos críticos das trilhas. “Estamos gratos que o alpinista esteja seguro e esperamos que não haja mais incidentes como no caso de Juliana Marins“, concluiu.

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