Na última sexta-feira (5), a atriz pornô Bonnie Blue foi presa em Bali, na Indonésia. Segundo o Daily Mail, a criadora de conteúdo adulto pode enfrentar até 15 anos de prisão após supostamente incentivar homens a manter relações sexuais com ela para produção de conteúdo pornográfico — prática proibida no país. Além dela, outros 15 homens australianos e britânicos também foram detidos.
A investigação começou após uma denúncia anônima. Na sexta-feira, a polícia realizou uma operação em um estúdio por suspeita de que a influenciadora e os homens estariam violando as leis antipornografia. Blue, cujo nome verdadeiro é Tia Billinger, teve seu passaporte apreendido, junto a diversos itens usados na produção de conteúdo adulto, como câmeras profissionais, contraceptivos, medicamentos para disfunção erétil e o mini caminhão “Bonnie Blue Bangbus”, que estaria com impostos pendentes.
O conteúdo da conta de Bonnie no Instagram também está sob investigação. No vídeo em questão, ela teria convidado “schoolies” — gíria que se refere a adolescentes acima de 18 anos que celebram o fim do ensino médio — para participar de atividades pornográficas. Segundo a imprensa local, 14 dos turistas australianos, com idades entre 19 e 40 anos, foram interrogados pelas autoridades em um escritório em Jimbaran, perto de Kuta, nesta segunda-feira (8).
Os australianos foram liberados no mesmo dia após o interrogatório, enquanto Billinger deixou a delegacia na manhã de sábado (6). Até o momento, nenhum dos envolvidos foi formalmente acusado, mas todos tiveram os passaportes retidos. Bonnie está liberada para permanecer em seu hotel enquanto as investigações continuam.
A Indonésia possui uma das legislações antipornografia mais rígidas do mundo. Instituída em 2008, a lei define pornografia de forma ampla, abrangendo conteúdos visuais, escritos e de áudio considerados obscenos ou sexualmente explícitos. Produzir, distribuir, vender, possuir ou exibir material sexual explícito é ilegal, e as penas podem ser severas — especialmente em casos envolvendo menores.
Ao Daily Mail, o oficial de imigração de Ngurah Rai, Raja Ulul Azmy, informou que os turistas australianos foram ouvidos apenas como testemunhas e devem ser liberados para retornar ao país nos próximos dias. Outro australiano e dois britânicos ainda serão entrevistados nesta terça (9) e quarta-feira (10) para esclarecimentos adicionais.
Billinger também deverá comparecer ao escritório de imigração nas próximas 48 horas para uma nova conversa com autoridades de Bali. Enquanto isso, o governo indonésio avalia como proceder. Caso seja processada e condenada, ela pode receber pena de até 15 anos de prisão, além de multas que chegam a 6 bilhões de rupias (cerca de R$ 2 milhões), conforme previsto na legislação local.
O advogado Philo Dellano, sócio de um escritório em Jacarta, acredita que Bonnie pode ter escolhido Bali por considerar que, caso fosse flagrada, seria mais facilmente deportada do que processada criminalmente. Ele avalia que as autoridades tendem a deportá-la e proibi-la de retornar ao país.
“Ela está detida pela polícia, o que significa que eles podem prosseguir para processá-la. Mas, na minha opinião, se houver uma ‘mão invisível’ pedindo que ela seja deportada, ela pode ser transferida para o escritório de imigração mais próximo, de onde será deportada da Indonésia. Esse tipo de indústria pornográfica sempre tem alguém ou alguma organização por trás, controlando para lucrar, então pode não ser simples processá-la na Indonésia”, disse ele ao News.com.au.
O advogado acrescenta que as autoridades podem mantê-la no país até que a atenção da mídia diminua, possivelmente liberando-a apenas entre janeiro e fevereiro do próximo ano.
Bonnie Blue ficou conhecida após protagonizar uma polêmica maratona sexual com mais de mil universitários, realizando atividades sexuais com 1.057 homens em 12 horas. Ela também já havia sido impedida de entrar na Austrália, em novembro de 2024, onde pretendia novamente gravar conteúdo envolvendo jovens estudantes.
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