Após ter sua condenação anulada, em junho do ano passado, Bill Cosby continuará solto. Nesta segunda-feira (7), o TMZ revelou que a Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu a favor do comediante e manteve a anulação por 4 votos a 3, rejeitando a reabertura do caso.
Em 2018, ele recebeu a sentença de três a dez anos de prisão, e desse tempo, só cumpriu dois anos. Bill, que tem 84 anos, foi condenado por drogar e abusar sexualmente de Andrea Constand, em 2004. A vítima trabalhava no local em que ele estudou, a Universidade de Temple, na Filadélfia, Pensilvânia.
Após a nova decisão, o porta-voz de Cosby enviou um comunicado ao portal, agradecendo aos juízes responsáveis pelo caso. “Em nome do Sr. e Sra. Cosby e da família Cosby, gostaríamos de oferecer a nossa sincera gratidão aos juízes do Supremo Tribunal dos Estados Unidos por seguirem as regras da lei e protegerem os Direitos Constitucionais de TODOS os cidadãos americanos”, diz a nota.
“Esta é verdadeiramente uma vitória para o Sr. Cosby, mas mostra que a trapaça nunca será levada adiante na vida e a corrupção que existe dentro da Procuradoria do Distrito de Montgomery foi trazida para o palco central do mundo. Muito obrigado”, finalizou. Em novembro, Kevin Steele, promotor do condado de Montgomery, pediu ao tribunal para revisar a decisão de soltura do ator.
Além de Andrea, mais de 60 mulheres também acusaram Cosby de drogá-las e abusá-las sexualmente entre 1960 e 2010. Foi o testemunho de Conrad e mais cinco vítimas que o condenaram.
A anulação da sentença veio do juiz David Wetch, em junho de 2021, que decidiu que o promotor Kevin Steele deveria cumprir a promessa feita pelo antecessor dele, Bruce Castor. Castor tinha garantido a Cosby que ele não seria denunciado. Os juízes entenderam que Steele induziu o ex-comediante a se incriminar, já que Cosby, a partir disso, deu um depoimento no processo civil à Justiça da Pensilvânia, que o considerou culpado.
Steele desrespeitou o acordo e usou o testemunho no processo criminal. “A anulação é a única solução que atende às expectativas razoáveis da nossa sociedade em relação a seus promotores eleitos e nosso sistema de justiça criminal. A prisão é uma afronta à justiça fundamental, especialmente quando resulta em um processo criminal que foi esquecido por mais de uma década”, afirmou a Corte em comunicado.
Ainda segundo a Suprema Corte, os depoimentos das cinco mulheres contra Cosby interferiram no julgamento, mesmo que a Corte inferior afirme que os testemunhos eram essenciais para provar um padrão de comportamento do ator, que consistia em drogar e depois abusar sexualmente das vítimas.
Na época de sua soltura, Bill agradeceu o apoio que recebeu durante sua “provação”. “Nunca mudei a minha postura nem a minha história. Sempre mantive minha inocência. Obrigado a todos os meus fãs, apoiadores e amigos que me deram suporte ao longo de toda essa provação. Um agradecimento especial para a Suprema Corte da Pensilvânia por defender o Estado de direito”, escreveu no Twitter, em publicação já deletada.