A brasileira Manuela Keller Cohen, de 17 anos, que estava desaparecida desde o dia 20 de novembro, nos Estados Unidos, foi encontrada nesta quarta-feira (13). A notícia foi dada pelo próprio pai da jovem em suas redes sociais. Segundo Bruno Barreto, a filha está abalada.
A menor tinha saído de casa desacompanhada no fim de novembro e, desde então, seu paradeiro era um mistério para os pais e para a polícia de Washington D.C. Um detetive particular foi contratado pela família para auxiliar nas buscas, que tiveram fim após 23 dias.
De acordo com um relato compartilhado pelo jornal O Globo, a menina não estava muito longe. “O investigador e o detetive estavam trabalhando juntos. Eles tiveram uma pista de um local a trinta minutos de Washington, e lá ela estava. Fisicamente ela está bem, mas não psicologicamente. Ela disse pra gente que está muito abalada”, contou Bruno.
As investigações partiram do notebook de Manuela, no qual os agentes encontraram ligações da adolescente para um perfil do Instagram na manhã do desaparecimento. Os pais ainda tentam entender o que pode ter acontecido com a filha. “Ela afirmou que estava lá porque ela queria. Isso é incompreensível, mas estamos aqui para amparar ela, cuidar dela, dar todo o amor possível pra ela. Em meu nome e da Sofia, agradeço a todos que compartilharam, todas as palavras de amor, orações. Nunca vou esquecer, obrigado mesmo por tudo. Agora ela não quer falar nada, mas ela vai voltar e falar com todos vocês”, finalizou o responsável.
Relembre o caso
A jovem saiu de casa no dia 20 de novembro e não retornou mais. De acordo com o pai de Manuela, a filha faria um passeio e voltaria às 18h30 (horário local). Entretanto, ela não avisou para onde iria ou se estaria acompanhada, e deixou a residência sem levar o celular ou as chaves de casa. A adolescente saiu apenas com a roupa do corpo e um caderno de desenho que sempre carregava. “Ela fez questão de ter certeza que eu estaria em casa, pois saiu sem as chaves e não teria como entrar”, recordou Barreto ao Metrópoles.
Bruno e Sofia foram até uma delegacia, por volta das 20h30, para informar o desaparecimento de Manuela. Eles contaram que a menina sempre os informava onde estava e nunca fugiu de casa. A família somente acionou as autoridades após receber uma mensagem de texto em português, supostamente enviada pela filha. Na conversa, Manuela teria dito que estava em Baltimore, uma cidade que fica a uma hora de Washington, com amigos, que “precisava de um tempo” e não iria demorar a voltar para casa. Os pais, porém, apontaram que a adolescente não teria nenhum amigo ou conhecido na respectiva região.
Uma policial de plantão chegou a retornar para o número de telefone, que não foi possível rastrear. Em uma das tentativas, a menina atendeu e afirmou que não queria falar desta forma. Depois de a agente insistir, ela enviou uma selfie sorrindo. Por fim, Manuela teria prometido entrar em contato com os pais no dia seguinte, mas não o fez.
Ao UOL, Bruno e Sofia explicaram que a filha tem problemas psicológicos, mas que “estaria muito bem, tomando medicamentos e fazendo terapia semanalmente“. Eles também acrescentaram que nenhum comportamento estranho por parte da adolescente foi notado antes do sumiço dela. Os pais da jovem ainda suspeitavam que um rapaz de 21 anos, cuja identidade não foi revelada, poderia estar envolvido no desaparecimento.
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