Um casal dos Estados Unidos está processando o proprietário de um Airbnb após ter encontrado câmeras escondidas dentro do imóvel. Uma delas teria, inclusive, flagrado um momento íntimo dos dois. Em uma reportagem recente divulgada pela FOX 5, Kayelee Gates explicou que o episódio ocorreu no ano passado, mas só agora eles conseguiram entrar com uma ação judicial.
Segundo Gates, ela e seu noivo, Christian Capraro, saíram do Texas e dirigiram durante quase 24 horas para passarem dois dias em uma casa no estado de Maryland. Contudo, a viagem dos sonhos terminou virando um pesadelo.
Assim que chegaram, a dupla teve relações sexuais dentro do banheiro. Mais tarde, quando deitaram para relaxar, notaram dois detectores de fumaça: um acima da cama e outro no canto. Desconfiados, eles resolveram averiguar e perceberam que, na verdade, os aparelhos eram câmeras escondidas. “Entrei em pânico”, relembrou a mulher, apontando que encontrou outro equipamento idêntico no banheiro.
Kayelee contou que foi dominada pelo “constrangimento, humilhação e perda de dignidade”. “Eu tive muitas sessões de choro sobre isso”, relatou ela. “Eu consigo sentir meu coração batendo muito forte e palpitante sempre que começo a pensar sobre essa situação. Fico um pouco trêmula até mesmo falando sobre isso”, acrescentou.
Nervosa, a mulher continuou o depoimento: “Na época, eu tentava me convencer de que estava inventando, que estava sendo dramática porque isso não é algo que você espera que aconteça com você. Me dá arrepios não saber se alguém olha para mim estranho porque viu o vídeo. Isso passa na minha cabeça sempre que encontro alguém”.
Depois da descoberta, o casal trocou a propriedade por um hotel e chamou a polícia. Ao chegarem no local, os agentes descobriram outro dispositivo de gravação disfarçado de detector de fumaça no porão onde outro hóspede estava hospedado.
O advogado Dan Whitney, que está representando Kayelee e Christian, afirmou que este é um cenário de pesadelo para o casal. “Agora é uma caixa de Pandora de incertezas”, disse Whitney. “Uma vez que a caixa está aberta, uma vez que a gravação é feita, é impossível saber para onde foi, quem a enviou, se foi compartilhada, se foi para a internet”, esclareceu.
Procurado pela emissora, o proprietário do imóvel, Christoper Goisse, não respondeu. No entanto, na época em que aconteceu o incidente, ele alegou acreditar que a dupla teria implantado as câmeras na casa. Agora, Goisse tem 30 dias para se apresentar à Justiça. O casal está pedindo uma indenização de US$ 75 mil dólares (cerca de R$360 mil, na cotação atual do dólar).