A veterinária Renee Poche, participante da quinta temporada do reality show norte-americano “Casamento às Cegas“, está processando a Netflix e a produtora Delirium. Segundo informações da People, divulgadas nesta quarta-feira (3), o processo cita “práticas de emprego ilegais”, “concorrência desleal” e “imposição intencional de sofrimento emocional”.
Ela alegou que, quando chegou para as gravações, a equipe do programa confiscou seu telefone celular, seu passaporte e sua habilitação. A veterinária também relatou que ficou trancada no quarto, sem poder sair de lá sem a companhia de algum produtor.
“Minha experiência no programa foi traumática”, disse Poche em comunicado. “Eu me senti como uma prisioneira e não tive apoio quando contei à Delirium que não me sentia segura. Tentei lidar com essas emoções ao longo do tempo e, eventualmente, senti que precisava compartilhar o que havia acontecido para que outros saibam a verdade sobre o que todos os escalados tiveram que suportar“, desabafou.
Além disso, Renee acrescentou que o streaming e a produtora a “forçaram” a participar do reality e seguir em frente com o noivado com Carter Wall, que era seu par no programa. A veterinária descreveu o ex-noivo como uma “bandeira vermelha ambulante”, criticando o fato dele ter passado por todo o processo de audições para participar do reality, apesar de ser “desempregado, violento, afastado da família e viciado em drogas e álcool”.
A participante contou que passou muito tempo sozinha com ele e que foi vítima de abuso. A denúncia relata que o homem era emocionalmente abusivo dentro e fora das câmeras: “Wall repreendia Poche regularmente, roubava do set ou dos lugares que eles visitavam e solicitava que outras pessoas comprassem analgésicos e anfetaminas para ele”, alega a denúncia.
Os dois ficaram noivos e viajaram para o México com outros casais do programa. No entanto, Renee revelou que a dupla chegou ao altar, mas ela disse “não”. Os episódios do reality não focaram no romance do casal, e, na época, a veterinária deu entrevistas especulando sobre os motivos de suas cenas terem ficado fora da edição. Por ter falado sobre o tempo no programa, a Delirium TV alega que Renee violou a confidencialidade do contrato, e pediu R$ 19,6 milhões de indenização.
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Após o processo da produtora, Poche fez a denúncia sobre o tratamento que teve no reality. Os advogados dela disseram que os acordos de confidencialidade são ilegais e são utilizados para que os participantes não denunciem abusos. A Netflix e a Delirium não se pronunciaram sobre o processo.