Caso Brent Sikkema: Ex-marido de galerista morto no Rio é preso nos Estados Unidos

Daniel Sikkema foi detido na noite de quarta-feira (20), em Nova York, por fraude no passaporte

O ex-marido do galerista Brent Sikkema, assassinado em janeiro deste ano, foi preso em Nova York, nos Estados Unidos. Daniel García Carrera foi detido na noite desta quarta-feira (20) sob a acusação de fraude no passaporte. Segundo informações do Inner City Press, ele foi solto após pagamento de fiança de US$ 1 milhão, cerca de R$ 5 milhões.

Daniel é alvo de um mandado da Interpol pela morte do ex-marido, proprietário da galeria de arte Sikkema Jenkins & Co. Ele foi levado para o Tribunal de Magistrados do Distrito Sul de NY. De acordo com a publicação, o Ministério Público dos EUA ordenou a prisão, mas o juiz responsável concedeu a soltura a Daniel. Apesar disso, Carrera deverá usar uma tornozeleira eletrônica.

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Relembre o caso

Brent Sikkema foi encontrado morto, com 18 perfurações por arma branca, em 15 de janeiro, no Jardim Botânico, no Rio de Janeiro. As câmeras de segurança registraram a entrada e saída de um homem na casa, durante a madrugada. Informações de testemunhas ajudaram a identificar Alejandro Triana Prevez.

Após as investigações da Polícia Civil, o cubano declarou que agiu a mando do ex-marido da vítima. Em depoimento, Alejandro afirmou que Daniel prometeu uma quantia de US$ 200 mil (quase R$ 1 milhão na cotação atual) para a execução do crime. Ele ainda revelou que Carrera reclamou do valor da pensão paga pelo galerista e demonstrou preocupação diante do relacionamento novo de Brent com “um uruguaio ou um paraguaio“, o que poderia prejudicar a divisão dos bens no divórcio.

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As suspeitas sobre o ex-marido surgiram no início do caso, já que desde o ano passado, Sikkema e Daniel travavam uma batalha judicial em torno do divórcio e da guarda do filho de 13 anos. Daniel exigia R$30 milhões e uma pensão para que o galerista visse a criança, revelou a Folha de S. Paulo na época.

A Polícia Civil do RJ e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) pediram à Justiça, a prisão preventiva de Daniel. O caso era tratado, inicialmente, como latrocínio ou roubo seguido de morte, mas Alejandro declarou não ter pego nada da casa de Brent. O cubano responderá por homicídio doloso, quando há intenção de matar.

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