A OceanGate, empresa responsável pelo submarino desaparecido desde domingo (18), informou que o CEO Stockton Rush está entre os tripulantes a bordo. Conforme um comunicado do porta-voz da empresa à BBC, o diretor-executivo estava pilotando o submersível com destino aos destroços do Titanic.
Rush é o quinto membro confirmado que viajava no Titan. Junto a ele, estão o empresário bilionário e explorador britânico, Hamish Harding; o empresário paquistanês e seu filho, Shahzada Dawood e Suleman Dawood, respectivamente; e o especialista do navio histórico, Paul-Henry Nargeolet.
As buscas foram intensificadas pelas equipes de resgate nesta quarta (21), após a captação de ruídos subaquáticos. Os profissionais seguem em uma corrida contra o tempo, visto que há menos de 20 horas de oxigênio restantes para a embarcação. Mais recursos vão chegar “em um futuro próximo” para ajudar nas buscas, incluindo um especialista em salvamento subaquático da Marinha dos EUA, um navio da Marinha canadense com uma câmara de descompressão móvel e equipe médica. Eles devem chegar ao local até às 22h desta quarta.
No ano passado, Rush já havia falado sobre a segurança do submarino em uma entrevista ao programa da CBS Unsung Science, comandado pelo jornalista David Pogue. Mesmo alegando que os exploradores estariam seguros e teriam o oxigênio necessário para sobreviver, o CEO alertou que havia um “limite” para isso.
“Você sabe, há um limite. Em algum momento, a segurança é apenas puro desperdício. Quero dizer, se você só quer estar seguro, não saia da cama, não entre no seu carro, no faça nada. Em algum momento, você vai correr algum risco, e é realmente uma questão de risco e recompensa. Acho que posso fazer isso com a mesma segurança quebrando as regras”, opinou ele.
Stockton, então, expôs qual era sua maior inquietação ao se tratar do Titan. “O que mais me preocupa são as coisas que vão me impedir de chegar à superfície”, revelou. “Saliências, redes de pesca, riscos de emaranhamento. E isso é apenas uma técnica, técnica de pilotagem. Está bem claro: se for uma saliência, não passe por baixo dela. Se houver uma rede, não se aproxime dela. Então, você pode evitá-los se for lento e constante”, explicou Rush.
De acordo com o site da OceanGate, o submarino pode ficar até 96 horas debaixo d’água com cinco pessoas consumindo o oxigênio. Segundo as equipes de resgate, acredita-se que existe a possibilidade da embarcação ter ficado presa nos destroços do Titanic.
Em um post feito no Instagram, a OceanGate Expeditions também se reportou sobre o ocorrido, e afirmou que seu foco está nas pessoas a bordo do submersível e em suas famílias. “Estamos explorando e mobilizando todas as opções para trazer a tripulação de volta com segurança. Estamos profundamente gratos pela ampla assistência que sentimos de vários governos, agências e empresas de alto mar nos nossos esforços para restabelecer o contato com o submersível. Trabalhamos para o retorno seguro dos membros da tripulação”, declarou a empresa.
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