História devastadora e de revirar o estômago! O iraniano Alireza Fazeli Monfared, de apenas 20 anos, foi brutalmente assassinado pelo próprio irmão e primos, num “crime de honra” – algo que infelizmente ainda existe e é legítimo em vários países ao redor do mundo, após a vítima supostamente “desonrar” ou “envergonhar” sua família.
No caso de Alireza, o “motivo” foi porque o exército local o rejeitou após descobrir que o rapaz era homossexual. No Irã, as relações entre pessoas do mesmo sexo são passíveis de prisão, punição corporal ou até mesmo execução. De acordo com a ativista e jornalista iraniana Masih Alinejad, Monfared foi atraído para um local deserto e decapitado por seus parentes! Completamente absurdo e revoltante!
No Twitter, a profissional escreveu: “Descanse em paz, Alireza. Essa bela alma de 20 anos de idade iraniana foi brutalmente morta por seu irmão e primo, por ser gay, como parte de um ‘crime de honra’. A comunidade LGBTQ do Irã está brutalizada com o regime do país e com a intolerância de certas famílias. Alireza foi morto após ser decapitado pela própria família. Depois de decapitá-lo, a família jogou o corpo deste pobre homem debaixo de uma árvore na cidade de Ahwaz”.
Segundo a jornalista, Alireza estava prestes a fugir do Irã para se juntar ao namorado Aghil Abyat, que é um refugiado na Turquia e o esperava. Após o assassinato, os responsáveis teriam ligado para a mãe da vítima, informando sobre a localização do corpo. Em uma entrevista à rede LGBTQIA+ iraniana 6rang, o parceiro do rapaz declarou que a sogra teve de ser “hospitalizada” devido ao choque com a notícia.
2-Alireza was killed by being beheaded by his family. After beheading him, the family dumped this poor man's body under a tree outside of the city of Ahwaz. Alireza was about to flee Iran to join his boyfriend, who's a refugee waiting for him in Turkey. #علیرضا_فاضلی_منفرد pic.twitter.com/QMqAoINHIm
— Masih Alinejad 🏳️ (@AlinejadMasih) May 8, 2021
No início deste ano, um relatório da ONU divulgado pelo portal Pink News, destacou que o Irã tem utilizado tortura por choque elétrico em crianças LGBTQIA+s, dentre outras violações dos direitos humanos. “Por meio de suas leis homofóbicas, propaganda anti-gay e sentenças leves para ‘crimes de honra’, a República Islâmica do Irã é responsável por facilitar o assassinato de incontáveis membros da comunidade LGBTQ no Irã. Esta comunidade deseja ser ouvida pelo mundo. O mundo precisa ouvir o choro da comunidade LGBTQ do Irã”, completou Masih Alinejad.
4-I've been receiving many videos like these from Iran's LGBTQ community. They tell me harrowing stories of brutality by security forces. The world must hear the cries for help of Iran's LGBTQ community. The Islamic Republic of Iran both directly and indirectly brutalises them pic.twitter.com/bVviatSfMc
— Masih Alinejad 🏳️ (@AlinejadMasih) May 8, 2021
O caso repercutiu ao redor do globo. Algumas celebridades têm se manifestado nas redes sociais, lamentando a terrível morte de Alireza. “Meu coração está partido após ouvir a história de Alireza Fazeli Monfared. Descanse no poder”, escreveu Demi Lovato, no Instagram. “Estou enojada e com o coração partido de saber que Alireza foi assassinado”, desabafou Patricia Arquette.
“Meu coração está partido por Alireza – decapitado no Irã por seu próprio irmão, por ser gay. Ele estava tentando pedir asilo na Turquia com seu namorado. Apenas 20 anos de idade. Imaginem como seria a vida dele, se ele tivesse escapado?”, entristeceu-se Jackie Cox, participante da 12ª temporada de “RuPaul’s Drag Race”. Confira as publicações:
https://twitter.com/PattyArquette/status/1391949627058843649?s=20
My heart is broken for #Alireza – beheaded in Iran by his own brother for being gay. He was attempting to seek asylum in Turkey with his boyfriend. Only TWENTY years old. Imagine what his life would have been had he escaped? 😔💔 #AlirezaIsMyFamily #علیرضا_فاضلی_منفرد @6rangiran pic.twitter.com/tCjYzU7IXP
— Jackie Cox (@JackieCoxNYC) May 9, 2021
Dói no fundo da alma, esse tipo de notícia. É triste demais saber que, em 2021, a intolerância seja tão comum e a homofobia ainda mate tantas pessoas. Nossos mais sinceros sentimentos aos amigos de Alireza. Que Deus o tenha!