Hugo Gloss

Esquilo influencer é apreendido e sacrificado por agentes dos EUA, e tutor denuncia “motivos ocultos” por trás da morte

A trágica e controversa história de um esquilo popular nas redes sociais chamou a atenção pública na última semana, depois que o animal foi apreendido e sacrificado por agentes da Conservação Ambiental do Estado de Nova York (DEC). As reações à ação do DEC têm sido intensas, mobilizando figuras públicas, políticos e defensores dos direitos dos animais em apoio ao tutor de Peanut, o influenciador Mark Longo.

Peanut vivia há sete anos com Mark Longo, que o resgatou depois de encontrar o esquilo filhote próximo à mãe, que havia sido atropelada. Longo relatou que cuidou de Peanut até que ele estivesse saudável o suficiente para voltar à natureza, mas o esquilo retornou à sua casa com um pedaço da cauda cortado, aparentemente resultado de um ataque de outro animal. Desde então, Peanut permaneceu sob os cuidados de Longo, que passou a compartilhar o dia a dia do esquilo nas redes sociais, conquistando uma base de seguidores e fãs do roedor.

Contudo, no final de outubro, o DEC realizou uma ação em Pine City, Nova York, onde Longo mora, alegando que havia recebido denúncias de “condições inadequadas e inseguras no alojamento dos animais e possíveis riscos de transmissão de raiva”. Além de Peanut, um guaxinim chamado Fred também foi apreendido. Segundo o DEC, a decisão de sacrificar ambos os animais se deu após um dos oficiais responsáveis pela apreensão ter sido mordido por Peanut, o que, conforme o DEC, justificaria a necessidade de testá-lo para raiva.

A notícia da apreensão e morte de Peanut rapidamente mobilizou a opinião pública. Longo compartilhou sua indignação em suas redes sociais e iniciou uma campanha para arrecadar fundos com o objetivo de cobrir as custas judiciais e processar o DEC. A campanha no GoFundMe alcançou mais de US$ 177 mil (R$ 1 milhão) até o momento.

A resposta do público incluiu uma petição no Change.org, exigindo uma revisão nas práticas do DEC, que reuniu cerca de 60 mil assinaturas em poucos dias. Na petição, Longo argumentou que o tratamento do DEC foi abusivo e desnecessário, afirmando que “aquele esquilo fez mais pela comunidade do que vocês jamais farão”.

Supostos motivos ocultos

O episódio foi cercado de especulações sobre possíveis motivos ocultos para a apreensão de Peanut. Longo, que também possui uma conta no OnlyFans onde compartilha conteúdo adulto, sugeriu que o DEC poderia ter sido motivado por questões pessoais ligadas à sua presença em redes sociais e à sua atividade na plataforma. Segundo ele, os agentes perguntaram se havia câmeras instaladas em sua residência, o que ele interpretou como uma referência direta ao seu conteúdo no OnlyFans. “Acho que há um motivo oculto aqui, e parece que tem a ver com minha presença picante nas redes sociais”, declarou ele ao TMZ.

Apesar da busca e apreensão dos animais, Longo afirmou que não recebeu nenhuma citação legal ou acusação formal sobre violação de normas de segurança pública, o que, segundo ele, levanta ainda mais suspeitas sobre as reais intenções da ação.

Repercussão e apoio político

A história de Peanut rapidamente ganhou dimensão nacional, com celebridades e figuras públicas expressando apoio ao caso e questionando a atuação do DEC. Entre os apoiadores, o bilionário Elon Musk e o senador republicano JD Vance manifestaram sua indignação com o que consideram um “excesso de poder” das autoridades. Musk publicou em suas redes que o governo “não deveria ter permissão para invadir uma casa e matar um animal de estimação”. Vance, por sua vez, discursou em um comício, expressando sua solidariedade e destacando que o caso do esquilo Peanut reflete uma suposta perseguição das autoridades governamentais aos direitos individuais.

O caso também gerou iniciativas legislativas. Segundo a Vanity Fair, o deputado republicano do estado de Nova York, Jake Blumencranz, anunciou planos para criar uma legislação que proteja animais domésticos, apelidada de “Lei do Peanut: Lei de Proteção Humanitária aos Animais”.

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