Hugo Gloss

Estudante universitário descobre que tem aulas com professor que morreu há mais de um ano: “Muito assustador”; entenda o caso!

Foto: Mohammad Shahhosseini para unsplash.com

O EAD foi um pouco longe demais! O canadense Aaron Ansuini viveu um momento um tanto quanto bizarro por conta das suas aulas online de História da Arte. Aluno da faculdade Concordia University, no Canadá, ele descobriu que tem aprendido sobre a matéria com um professor que já morreu!

Em entrevista ao portal The Verge, Aaron explicou que estava assistindo às aulas há três semanas, e em um determinado momento começou a ter dúvidas sobre o conteúdo. Ele procurou em toda a plataforma da faculdade algum contato do professor, mas falhou em todas as tentativas. Eis que o rapaz decidiu pesquisar no Google, e finalmente encontrou… O obituário de François-Marc Gagnon!

Por ser tão inesperada a situação, o estudante acreditou ser apenas uma coincidência. “Eu estava tipo, ‘Isso é estranho, ele apenas tem o mesmo nome'”, lembrou. Mas as pesquisas acabaram confirmando que o professor realmente tinha morrido em março de 2019, mais de um ano antes dele começar a graduação na instituição. Agora que descobriu a verdade, Ansuini não quer nem continuar com as aulas. “Foi estranho e muito assustador. Eu realmente não quero mais assistir às palestras. Não parece uma aula. Parece um daqueles sites de ensino remoto”, reclamou.

Obituário online de professor não dá detalhes sobre a causa da morte. Foto: Reprodução

O aluno relatou ao The Verge que em nenhum momento a informação de que o professor tinha morrido foi dada. Um co-orientador da disciplina foi nomeado, mas nunca apareceu nas aulas online. Os e-mails recebidos sobre a aula foram enviados sem assinatura, Aaron concluiu então que se tratava de François-Marc Gagnon, mas se enganou.

O caso acabou trazendo à tona uma discussão a respeito da aulas online no período da quarentena. Muitos apontaram que a Concordia University agiu de má-fé, quando exibiu aulas antigas de um professor que já morreu, e não levou em conta mudanças que possam ter ocorrido nos contextos históricos atuais. Isso sem falar que o professor à frente da matéria utiliza os materiais supostamente sem autorização do autor. “Se eu estivesse vivo e soubesse que outro professor estava usando um curso que desenvolvi sem meu consentimento, eu faria alguns telefonemas”, disse Jeremy Bassetti, professor da Valencia College.

O advogado Joseph D’Angelo, especialista em direitos autorais, explicou ao The Verge que, em relação ao uso dos vídeos de François-Marc Gagnon, a universidade não fez nada de errado já que ele fez parte do corpo docente. “Geralmente, quando você trabalha com uma universidade, você assina um contrato que diz: ‘A propriedade intelectual que você gera é nossa propriedade’. Não há muito que você possa fazer sobre isso”, argumentou. Bom, eu iria preferir tomar bomba na matéria e fazer depois também! Kkkk

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