Família de explorador morto no submersível Titan aciona empresa e pede indenização milionária; saiba valores

A família de Paul-Henri Nargeolet, conhecido como “Sr. Titanic”, estaria pedindo uma fortuna à OceanGate

A família do francês Paul-Henri Nargeolet, um dos cinco mortos no submersível Titan, estaria pedindo uma indenização de US$ 50 milhões (o equivalente a R$ 280 milhões, na cotação atual) à empresa OceanGate, segundo o g1 nesta quarta-feira (7).

Em ação que menciona homicídio culposo, a família do explorador acusa o operador do submersível de negligência grave, após a implosão no fundo do mar. Na declaração enviada por e-mail, advogados do Buzbee Law Firm de Houston, no Texas, alegam que o “submersível condenado” tinha uma “história problemática” e que a OceanGate não divulgou fatos importantes sobre a embarcação.

O Submarino Titan implodiu em junho de 2023. (Foto: Reprodução/OceanGate Expeditions)

O processo alega ainda que, embora Nargeolet tenha sido designado pela OceanGate para ser um membro da tripulação, muitos dos detalhes sobre as falhas e deficiências do navio não foram divulgados e foram propositalmente ocultados”, acrescentaram os advogados.

Paul-Henri era conhecido como “Sr. Titanic” e já havia visitado o local do naufrágio do famoso navio mais de uma vez. Ele era considerado uma das pessoas mais bem informadas do mundo sobre o tema.

A OceanGate não comentou sobre o processo, que foi aberto nesta terça-feira (6) no Condado de King, em Washington.

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Vítimas da tragédia

Além do explorador francês, foram vítimas da implosão do Titan: o diretor-executivo da OceanGate, Stockton Rush, piloto do submarino; o empresário paquistanês Shahzada Dawood; Suleman Dawood, filho de Shahzada; e o bilionário e explorador britânico Hamish Harding.

As vítimas da implosão do Titan, do alto, à esquerda: Hamish Harding, Stockton Rush, Suleman Dawood e o pai Shahzada Dawood, e Paul-Henri Nargeolet. (Foto: Dirty Dozen Productions/DAWOOD HERCULES CORPORATION/AFP)

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Expedições futuras

Apesar de as investigações sobre a morte dos cinco tripulantes do Titan ainda não terem sido finalizadas, exploradores disseram à “Associated Press” que estão confiantes de que a exploração submarina pode continuar com segurança.

A implosão completou um ano em 18 de junho e, em agosto, a Guarda Costeira deve fazer uma audiência pública, visando discutir o que seus engenheiros descobriram até agora. No entanto, a exploração em alto mar segue acontecendo, por vontade dos próprios exploradores.

É um desejo da comunidade científica descer ao oceano”, disse Greg Stone, explorador oceânico veterano e amigo do CEO do Titan, Stockton Rush, morto na tragédia. “Não notei nenhuma diferença na vontade (dos exploradores) de entrar no oceano, explorar”, revelou.

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