Família de fotógrafo brasileiro desaparecido em Paris revela nova descoberta sobre celular dele, além de última aparição em vídeo

Polícia francesa mantém informada a mãe do fotógrafo sobre o caso

A família de Flávio de Castro Sousa, fotógrafo brasileiro que desapareceu em novembro em Paris, confirmou que o celular encontrado no vaso de plantas de um restaurante foi deixado por ele mesmo. Em recente vídeo compartilhado nas redes sociais, Carolina Castro, prima do mineiro, relatou que a polícia francesa chegou a essa evidência após analisar câmeras de segurança dos últimos locais onde ele passou, antes de desaparecer, na França.

A advogada destacou que decidiu tornar a informação pública após a mãe de Flávio ter confirmado o desdobramento em suas redes sociais. Segundo Carolina, as informações oficiais da polícia francesa chegam diretamente para a tia, que repassa para a família. “As autoridades analisaram as imagens das câmeras de onde o Flávio passou, daquele restaurante onde foi encontrado o celular dele. E foi verificado que foi o próprio Flávio que deixou o celular no vaso de plantas“, afirmou.

A prima de Flávio contou o que o fotógrafo fez após deixar o aparelho no vaso de plantas. “Ele se direcionou para uma das margens do Rio Sena. Ele permaneceu por um período de tempo que não vou saber mensurar. Tinha uma câmera de monitoramento urbano que captou a imagem dele e focava bem o local onde ele estava. Então, não há dúvidas de que ele estava lá. Só que essa câmera faz uma rotação de 360 graus para monitorar todo o entorno e, em uma dessas, quando ela voltou para o local, ele não estava mais no local“, explicou.

Carolina disse que não sabe quanto tempo a câmera levou para fazer a rotação, e que esse registro foi o último de Flávio. “Foi informado que foram analisadas as imagens das câmeras ao entorno para ver se ele poderia ter ido para um lado, para o outro, para trás. E não foi achada nenhuma imagem daquele período em que fosse detectado onde o Flávio passaria. Então, assim, nós não temos uma certeza, nós não temos uma conclusão“, declarou.

O fotógrafo está desaparecido desde o final de novembro. (Foto: Reprodução/Instagram)

Por fim, a advogada falou que a família ainda tem esperança de encontrar o mineiro vivo e agradeceu o apoio daqueles que ajudaram nas buscas. “Mas o que a gente pode fazer agora é esperar. As autoridades estão diligenciando para tentar achá-lo. Diante desses fatos que falei, a gente fica mais apreensivo, mas o que nos resta é aguardar, pedir a Deus que ilumine as autoridades e o caminho do Flávio“, completou.

Assista:

Flávio de Castro, de 36 anos, está desaparecido desde 26 de novembro. Uma reportagem do “Fantástico”, exibida em 8 de dezembro, revelou que o fotógrafo havia concluído um trabalho na capital francesa e estava de férias quando sumiu. Em troca de mensagens com um amigo, o estudante de moda francês Alexandre Callet, Flávio disse que havia caído na Ilha dos Cisnes, localizada no meio do Rio Sena. Ele afirmou ter aguardado por socorro durante três horas, até ser resgatado pelo Corpo de Bombeiros.

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Após o resgate, o mineiro foi levado a um hospital com suspeita de hipotermia, devido ao tempo prolongado na água. Nas mensagens obtidas pelo jornalístico, Flávio chegou a mostrar a pulseira do atendimento de emergência do hospital onde foi internado, a cerca de 10 minutos do local da queda. Horas após receber atendimento médico, ele foi liberado e tentou remarcar seu voo para o Brasil. Ainda segundo a reportagem, o fotógrafo conseguiu negociar com a imobiliária que alugou um imóvel e foi transferido para outro local.

O último contato aconteceu após ele chegar ao novo apartamento e colocar as roupas molhadas para lavar. Em tentativa de localizar o fotógrafo, Alexandre procurou dois amigos de Flávio: Lucien, sócio do fotógrafo no Brasil, e Rafael, que reside em Paris. Juntos, eles foram ao Consulado Brasileiro para solicitar o apoio das autoridades. No dia 9 de dezembro, a polícia francesa instruiu os amigos a não enviarem ao Brasil o notebook, o celular e o objetos que possam conter o DNA do mineiro.

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