Uma família de Lancashire, na Inglaterra, passou por um turbilhão de emoções até receber o diagnóstico correto da filha de cinco anos. Uma forte dor no braço esquerdo levou os médicos a acreditarem que Bonnie Spence havia torcido o membro. Contudo, os exames revelaram meses depois que ela tinha uma rara doença e menos de um ano de vida.
Inicialmente, Zoe Spence pensou que a filha pudesse ter fraturado o braço esquerdo após notar um inchaço. Os médicos também atribuíram o sintoma a uma torção e a fizeram usar uma tipoia. Bonnie, por sua vez, continuou a reclamar das dores. Após dois meses de consultas, Zoe decidiu levá-la para outro hospital. “Bonnie estava se revirando de dor“, disse o pai, Ian, ao The Sun.
Os médicos do Royal Victoria Hospital, localizado próximo à casa do pai, examinaram Bonnie e descobriram que não se tratava de uma fratura. O diagnóstico veio em fevereiro deste ano. Segundo a equipe médica, os exames apontaram um tumor rabdoide, em estágio quatro. Ou seja, uma forma rara e agressiva de câncer infantil.
De acordo com os médicos, a pressão no braço de Bonnie havia ficado tão forte que levou à síndrome compartimental, condição que se caracteriza pelo aumento da pressão dentro de um músculo e compromete a circulação sanguínea. Apenas cinco dias após o diagnóstico, a família recebeu outra notícia: a filha teria que amputar o braço.

A cirurgia ajudou a amenizar as dores de Bonnie. No entanto, os médicos revelaram que a menina agora tinha uma expectativa de vida de menos de um ano, já que o câncer se espalhou para os pulmões. “Em nove semanas, passou de uma suspeita de braço quebrado para um câncer terminal. Esta notícia abalou completamente o meu mundo“, lamentou Zoe.
“Nem em nossos piores pesadelos imaginaríamos que estaríamos nessa situação“, desabafou Ian. Atualmente, Bonnie está fazendo quimioterapia para “prolongar a vida”. “Mas nos disseram que isso deixará de fazer efeito por volta da 28ª semana e não teremos outras opções“, contou.
A menina segue o tratamento no hospital próximo à casa do pai, onde ele vive com a atual esposa, Caroline. Enquanto a mãe de Bonnie, que tem outros quatro filhos, enfrenta viagens longas e caras para ver a filha. “Não é a situação mais ideal com a mãe dela lá. Ela nunca esteve longe da mãe. Mas todos entendem que esta é a melhor maneira de lidar com isso“, disse Ian.
Segundo a madrasta de Bonnie, eles estão pagando trailers e hospedagens para atender às necessidades da menina. “Eles precisam ser adaptados para acomodar a cadeira de rodas. Isso aumenta o custo“, explicou Caroline. Para ajudar, o casal lançou uma campanha no GoFundMe. Clique aqui para ajudar.
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