Um homem de 22 anos procurou atendimento médico após perceber que, por anos, sentia sintomas semelhantes aos da gripe por várias horas após a ejaculação. De acordo com o American Journal of Case Reports, ele relatou fraqueza, mal-estar, coriza e coceira nos olhos. Os sintomas começavam cerca de duas a três horas depois da ejaculação, mas entre 8 e 10 horas depois, pioravam e evoluíam para conjuntivite, dor abdominal, dor muscular e comprometimento cognitivo.
O homem contou que os sintomas persistiam por dois a três dias, o que o impedia de trabalhar. Além disso, devido às reações, ele evitava relações sexuais e tinha dificuldade em manter relacionamentos. Segundo a clínica, ele procurou atendimento após pesquisar na internet sobre hipossensibilização ao esperma.
Todavia, um teste cutâneo determinou que ele não era alérgico ao seu próprio sêmen. Os médicos concluíram que os mastócitos — um tipo de célula do sistema imunológico — eram os responsáveis por desencadear a reação alérgica. Um estudo publicado na Nature apontou que a síndrome da doença pós-orgástica é uma condição rara, com causas “pouco claras” e que compromete a qualidade de vida dos homens.

No caso do homem de 22 anos, ele foi tratado com omalizumabe, medicamento utilizado no tratamento de urticária e asma. O estudo de caso confirmou que o remédio resultou em uma “resolução completa dos sintomas”. A pesquisa ainda acrescentou que, após sete meses, ele parou de tomar a medicação, o que levou ao retorno da síndrome.
“Atualmente, enquanto faz uso de omalizumabe, o paciente está livre de sintomas e se sente confortável para se envolver em atividades sexuais”, pontuou o relatório. Dada sua eficácia e o fato de que o paciente havia tentado outros medicamentos antes, sem sucesso, foi recomendada a continuidade do tratamento ao longo da vida.
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