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A Itália anunciou, nesta sexta-feira (28), que as leis de cidadania do país foram reforçadas. Agora, as pessoas que buscam um familiar distante para reivindicar um passaporte italiano serão impedidas. O Ministro das Relações Exteriores, Antonio Tajani, afirmou que as atuais regras estavam sendo abusadas, com possíveis italianos inundando consulados no exterior para solicitações de passaportes.
De acordo com o sistema vigente, qualquer pessoa que possa provar que teve um ancestral italiano que estava vivo depois de 17 de março de 1861, quando o Reino da Itália foi criado, pode buscar a cidadania. Ao se tornar italiano, seria fornecido à pessoa a entrada sem visto para mais países do que quase qualquer outra nacionalidade.
Com a mudança, é esperada que a cidadania seja concedida só até netos de um cidadão nascido em solo italiano. Assim, apenas indivíduos com pelo menos um dos pais ou avós nascidos na Itália, um estado-membro da União Europeia, se qualificarão para a cidadania por descendência.

“Ser cidadão italiano é algo sério. Não é um jogo obter um passaporte que permita fazer compras em Miami”, disse Tajani em uma entrevista coletiva. Em um comunicado, o consulado italiano afirmou: “O objetivo das medidas adotadas é valorizar o vínculo efetivo entre a Itália e o cidadão residente no exterior”.
A pasta acrescentou que a reforma ocorrerá em duas fases: a primeira com normas que entrarão em vigor imediatamente, como a regra da cidadania restrita a duas gerações, e, posteriormente, uma reforma orgânica de requisitos substanciais e dos procedimentos relacionados à cidadania. O consulado informou que devido às novas regras, todos os agendamentos estão suspensos a partir de hoje.
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