O caso de um garoto de 15 anos que decidiu enfiar um cabo USB em seu pênis, em 2021, repercutiu esta semana na web depois que o incidente foi detalhado em uma revista médica.
No estudo, desenvolvido por médicos do University College Hospital em Westmoreland Street, em Londres, foi revelado que o adolescente inseriu o cabo cheio de nós em sua uretra “para medir o comprimento de seu pênis“. O paciente só teria admitido a façanha depois que a mãe saiu da sala do urologista. Na época, entretanto, ela contestou o filho, afirmando que se tratava de uma brincadeira erótica do jovem. O ato teve consequências graves e resultou em duas tentativas de extração do objeto.
Intitulado “Autoinserção uretral de um cabo USB como experimentação sexual”, o estudo foi publicado originalmente em 2021 pela revista Science Direct, e chamou atenção do tabloide britânico The Independent no início desta semana. De acordo com o relato, o jovem entrou em pânico quando se deu conta de que o objeto havia ficado preso dentro do órgão, causando dores intensas.
O adolescente (que não teve sua identidade revelada) foi levado ao hospital e passou por uma radiografia, que mostrou a gravidade da situação, já que o cabo se deslocou e ficou preso na parte interna do pênis. Além disso, o objeto fez vários nós e se emaranhou na uretra.
“O paciente era um adolescente saudável e em boa forma, sem histórico de distúrbios de saúde mental. As duas pontas do fio USB estavam saindo do meato uretral externo, enquanto a parte do meio do fio permanecia dentro da uretra”, escreveram os profissionais, na versão do relatório divulgada pela Science Direct.
O cabo embaraçado se alojou de tal maneira no corpo do menino, que os médicos falharam na primeira tentativa de extração. A princípio, eles usaram uma haste de metal para inserir dentro do órgão sexual do garoto e puxar o objeto, mas, por conta dos nós, o método não foi eficaz. Já na segunda tentativa, os profissionais tentaram uma abordagem mais delicada. Para isso, eles realizaram um corte na região entre a genitália e o ânus para que pudessem chegar ao cabo por baixo.“Foi feita uma incisão peno-escrotal longitudinal sobre o corpo e uma dissecção cuidadosa dos tecidos mais profundos, seccionando o músculo bulboesponjoso. Ambas as extremidades do fio foram puxadas com sucesso através do meato uretral externo”, explicou o texto.
Felizmente, o método foi bem-sucedido e o adolescente conseguiu se recuperar totalmente. Na conversa com a mãe, os responsáveis pelo procedimento descobriram que o menino estava, de fato, usando o cabo na parte íntima como um tipo de “exploração” de suas tendências e preferências sexuais.
“Experimentação sexual e gratificação, bem como transtornos mentais subjacentes, são considerados as principais causas da inserção do objeto na uretra e na bexiga”, concluiu o estudo.