O Liverpool, time em que o atacante Diogo Jota jogava, tomou uma decisão sobre o contrato do atleta após o trágico acidente de carro que matou o jogador. De acordo com o jornal português Record, o clube pagará integralmente todos os valores previstos no último contrato à família de Jota.
O jogador deixou a esposa Rute Cardoso e três filhos, Dinis, de 4 anos, Duarte, de 2, e Rute, de 8 meses. O jogador português tinha dois anos restantes de vínculo com o Liverpool, no último contrato assinado em 2022. O salário do atleta é estimado em 140 mil libras semanais, ou seja, cerca de 1 milhão de reais. Esse valor inclui apenas o salário, sem eventuais premiações e bônus.
Jota começou a jogar pelo time de Anfield em 2020. Ele entrou em campo em 182 partidas, marcando 65 gols e dando 26 assistências. Na temporada passada, o atacante foi peça importante na conquista da Premier League. Antes disso, ele havia sido campeão da Copa da Inglaterra e de duas Copas da Liga.
O acidente
A tragédia foi registrada na província de Zamora, por volta de 00h30 no horário local (19h30 em Brasília), na região de Cernadilla. De acordo com a Guarda Civil espanhola, o carro em que os irmãos estavam teria tido um pneu estourado durante uma tentativa de ultrapassagem, o que resultou na perda de controle e, posteriormente, no acidente fatal.

O veículo pegou fogo e ficou completamente carbonizado. As equipes de emergência, incluindo bombeiros, unidades médicas, a Guardia Civil e profissionais do centro de saúde local, foram acionadas imediatamente. No entanto, os dois irmãos já estavam sem vida quando foram encontrados.
A identificação dos corpos só foi possível inicialmente graças ao documento do veículo. Ainda assim, segundo autoridades locais, a confirmação formal da identidade das vítimas exigiu testes de DNA, já que os corpos estavam irreconhecíveis. O forte impacto e o incêndio dificultaram os trabalhos de resgate.

O atacante do Liverpool tinha 28 anos e havia se casado com a namorada de longa data, Rute Cardoso, no dia 22 de junho. O atleta deixa três filhos. A última publicação dele nas redes sociais ocorreu horas antes do acidente, justamente sobre o casamento. “Um dia que nunca vamos nos esquecer”, escreveu.
Silva tinha 25 anos e atuava na mesma posição que o irmão, pelo FC Penafiel, da segunda divisão de Portugal. Ele estava prestes a iniciar a terceira temporada consecutiva no clube, com contrato válido até junho de 2026. André também passou pelas categorias de base do FC do Porto, Boavista Sub-23 e Famalicão Sub-23. Além do futebol, Silva havia concluído recentemente um curso universitário em Gestão. Ao lado de Jota, chegou a criar uma empresa na área.
Diogo, por sua vez, iniciou a carreira profissional no Paços de Ferreira, passou pelo Porto e pelo Wolverhampton, da Inglaterra. O craque chegou em 2020 ao Liverpool, pelo qual conquistou três títulos: uma Premier League, uma FA Cup e uma Copa de la Liga. No início do mês, ele havia acabado de ganhar a UEFA Nations League, com a seleção portuguesa.

Em nota, a Federação Portuguesa de Futebol lamentou as mortes dos atletas. “Muito mais do que o fantástico jogador, com quase 50 internacionalizações pela Seleção Nacional A, Diogo Jota era uma extraordinária pessoa, respeitado por todos os colegas e adversários, alguém com uma alegria contagiante e referência na comunidade. Perdemos dois campeões. Os falecimentos de Diogo e de André Silva representam perdas irreparáveis para o Futebol Português e tudo faremos para, diariamente, honrar o seu legado”, declarou.
Siga a Hugo Gloss no Google News e acompanhe nossos destaques