Luigi Mangione: Família do suspeito de matar CEO em Nova York se pronuncia sobre o caso; leia a íntegra

O primo do suspeito fez uma declaração nas redes sociais, nesta terça-feira (10)

A família de Luigi Mangione, acusado de assassinar Brian Thompson, CEO da seguradora UnitedHealthcare, se manifestou sobre o caso. Nino Mangione, primo do suspeito, postou uma declaração nas redes sociais nesta terça-feira (10), em nome de todos os parentes.

Só sabemos o que lemos na mídia. Nossa família está chocada e devastada com a prisão de Luigi. Oferecemos nossas orações à família de Brian Thompson e pedimos às pessoas que orem por todos os envolvidos”, disse. “Estamos arrasados com a notícia”, completou.

Confira:

A família Mangione é conhecida em Baltimore por ser proprietária do Hayfields Country Club, de uma casa de repouso chamada Lorien Health Services e de uma estação de rádio conservadora.

O suspeito havia decidido viver em isolamento no Japão após sofrer um acidente de surfe, no Havaí, de acordo com depoimentos de amigos. Eles ainda relataram ao The Mirror uma lesão grave nas costas de Mangione, que exigiu parafusos em sua coluna, o levou a um declínio preocupante e o deixou “na cama por cerca de uma semana”.

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Os ex-colegas de classe de Luigi na Ivy League – grupo de oito universidades privadas dos Estados Unidos que são consideradas as mais prestigiadas do país – sugeriram que a cirurgia malsucedida pode tê-lo levado ao limite. O suspeito chegou a mostrar um raio-X da coluna desalinhada nas redes sociais.

O The New York Post também informou que Mangione estava chateado com a forma como o sistema de saúde dos Estados Unidos havia tratado um parente doente, citando fontes policiais.

Luigi compartilhou fotos da coluna com parafusos nas redes sociais. (Foto: Reprodução/X)

O crime

Brian Thompson, CEO da UnitedHealthcare, participava de uma conferência de investidores em um hotel de luxo em Nova York quando foi assassinado. O executivo estava saindo do local quando um homem encapuzado e mascarado atirou contra ele, fugindo logo em seguida de bicicleta.

Investigadores encontraram cartuchos de bala na cena do crime com as palavras “negar”, “defender” e “depor”. A polícia acredita que isso seja uma referência ao livro “Delay, Deny, Defend (2010)”, de Jay Feinman, que aborda estratégias de seguradoras para evitar pagamentos de indenizações. Essa ligação sugere que o crime pode ter sido um protesto contra as práticas abusivas de empresas do setor, frequentemente acusadas de negar cobertura para tratamentos médicos essenciais, entre outras situações.

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O atirador fugiu pelo Central Park, onde posteriormente foi encontrada uma bolsa contendo várias notas do jogo Banco Imobiliário. A descoberta intrigou os investigadores e reforçou a hipótese de uma motivação simbólica por trás do crime.

Suspeito e o CEO da UnitedHealthcare, Brian Thompson. (Foto: UnitedHealth Group / New York Police Department/Facebook)

Ontem (9), a oficial do Departamento de Polícia de Nova York, Jessica Tisch, anunciou a prisão de Luigi Mangione, de 26 anos, identificado como o principal suspeito. Com ele, foram apreendidas uma arma fantasma, identidades falsas — incluindo uma usada para se hospedar em um albergue —, além de um manifesto de três páginas com críticas à indústria de seguros de saúde.

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O suspeito gritou com a imprensa enquanto estava sendo levado pelos policiais a um tribunal na Pensilvânia, nesta terça-feira (10). Segundo o TMZ, ele teria dito: “Completamente sem noção, um insulto à inteligência do povo americano!”. Mangione enfrentará uma audiência de extradição para Nova York.

Luigi Mangione gritou com a imprensa. (Foto: Getty)
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