Nesta sexta-feira (17), a jovem que afirma ser Madeleine McCann, desaparecida há 16 anos, divulgou prints de uma conversa com a mãe nas redes sociais. Nas imagens, a mulher afirma que a filha precisa de “ajuda psiquiátrica” e que ela está “armando um circo”.
“Você está doente, Julia. É só isso que vou dizer”, escreveu. “Eu vou vender a casa e nenhum de nós vai nem atender o telefone se você ligar, por tudo o que você fez e a vergonha que você me fez passar”, continuou a mãe de Julia Faustyna. Ela ainda disse que existem fotos e fitas cassete que comprovam que a jovem não é Madeleine. Ao compartilhar os registros, a menina ironizou nos Stories: “Agora eu sou maluca”.
Na manhã deste sábado (18), Faustyna publicou um vídeo afirmando que já conversou com médicos, psicólogos e outros especialistas, e todos podem provar que ela não tem nenhum delírio. Além disso, ela destacou que é polonesa e não alemã, como os veículos noticiosos estavam divulgando ao longo da semana. Assista:
Entenda o caso
No dia 14 de fevereiro, Julia Faustyna abriu uma conta no Instagram chamada @iammadeleinemccan e se apresentou como a criança desaparecida em 2007, na Praia da Luz, em Portugal. No perfil, ela compartilhou montagens e “evidências” que a fizeram considerar a possibilidade.
Em alguns dos posts, Faustyna ressaltou características físicas que comprovariam sua semelhança com a menina, como pintas pelo corpo, uma marca no olho, verrugas na mesma região e covinhas na bochecha. “Eu tenho um defeito no olho, no mesmo olho, o tipo de defeito que Madeleine tinha. Exceto que, no meu caso, está cada vez mais desbotado”, pontuou.
Julia também declarou ter sido vítima de um pedófilo alemão. O criminoso ainda moraria com a avó materna da jovem. “É o segundo marido dela“, relatou, afirmando que o tema é evitado na família. De acordo com a jovem, o abusador teria um nome parecido com um dos homens envolvidos no desaparecimento de Madeleine.
A adolescente reclamou ainda que investigadores da polícia do Reino Unido e da Polônia, onde vive atualmente, teriam ignorado seus pedidos sobre testes de DNA. “Preciso fazer a polícia reagir! Quero saber a verdade e não digo que sou a Madeleine 100%… Só o teste de DNA pode dizer”, expressou em uma das publicações.
Apesar do relato viral, investigadores alemães não acreditam que a vítima possa estar viva. Segundo o Ministério Público de Braunschweig, em comunicado à imprensa, autoridades suspeitam que Christian Brueckner matou Madeleine após sequestra-la do apartamento onde ela passava férias com a família. No ano passado, ele foi declarado oficialmente suspeito no caso.
@shellmc22 Thoughts? Is this Madeleine McCann? Why is no one helping her? Why is this not news? The police won’t listen apparently!? She’s asking for it to be shared! #madeleinemccann #findmaddie #findmadeleine #iammadeleinemccann #instagramlive #maddymccann #maddiemccann #katemccann #gerrymccann #share #help #missingpersoncases #madeleinemccanncase #isthismaddie? ♬ original sound – Shell Mc 🦋
Madeleine McCann
A pequena Madeleine McCann desapareceu aos três anos de idade, enquanto passava as férias com a família na Praia da Luz, em Portugal. Ela completaria quatro anos em 10 dias. A menina estava com os irmãos gêmeos Sean e Amelie, então com dois anos, no quarto de hotel. Seus pais, Kate e Gerry McCann, tinham saído para jantar com amigos em um restaurante próximo, dentro do complexo turístico, deixando as crianças desacompanhadas. Assim que eles voltaram, descobriram que Madeleine tinha sumido.
Seu “sumiço” ganhou comoção mundial, com campanhas incansáveis de Kate e Gerry na tentativa de encontrar a filha. Até hoje, as circunstâncias do desaparecimento seguem vagas.
Em meados de abril, um homem chamado Christian Brueckner foi acusado na Alemanha a pedido da Justiça portuguesa, pelo desaparecimento de Madeleine. As autoridades alemãs declaram, desde 2020, que têm provas do homicídio de Madeleine, e apontam ele como principal suspeito. Na época do sumiço de McCann, Christian – atualmente cumprindo pena de prisão pelo estupro de uma mulher americana de 72 anos – morava a poucos quilômetros do hotel em que a menina desapareceu, segundo a polícia alemã.