Mãe encontra filho de 2 anos morto em casa, com bilhete ao lado: “Viu o que não devia”; polícia aponta o que teria acontecido

Bilhete

Um mulher paraguaia encontrou o filho de 2 anos morto quando chegou em casa na noite de quarta-feira (1), na cidade de Pedro Juan Caballero, que faz fronteira com a sul-mato-grossense Ponta Porã. Ao lado do corpo do pequeno havia apenas um bilhete escrito a mão. O filho mais velho, de 14 anos, também estava desaparecido, e foi encontrado apenas nesta quinta-feira (2), detido por suspeita no caso.

A polícia paraguaia informou aos jornalistas que a mãe havia saído de manhã para trabalhar, deixando o adolescente tomando conta de seu irmão mais novo. Quando voltou, ela deu de cara com o caçula falecido em cima de uma cama. Junto dele, havia um bilhete escrito em uma folha de caderno, em espanhol. “Sinto muito. Seu filho viu o que não devia e estamos com seu filho maior”, dizia.

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Bilhete foi encontrado ao lado do corpo da criança. (Foto: Reprodução)

Segundo a promotora pública Reinalda Palacios Jara, responsável pela investigação, os oficiais trabalham com a suspeita de que a morte teria sido acidental, resultado de uma brincadeira entre os irmãos. “A hipótese mais forte é de que eles estavam brincando e o menino sufocou acidentalmente“, disse ela à imprensa paraguaia. Ela contou ainda que o adolescente “está em choque, assustado” e está sendo atendido por psicóloga e assistente social.

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A promotora revelou que o menino não disse nada sobre o bilhete encontrado próximo ao corpo, e que, “por se tratar de adolescente, não se pode perguntar tudo“, mas confirmou que a escrita no papel é realmente do jovem. Ele foi filmado por câmeras alugando uma bicicleta ao sair de casa na tarde de ontem. Quando ele foi encontrado, estava com o veículo. O jovem foi, então, encaminhado para a sede da Polícia Nacional.

O médico forense Marcos Prieto, primeiro a analisar o corpo, afirmou que o pequeno foi morto por asfixia mecânica, ou seja, causada por outra pessoa. O profissional disse, entretanto, que não há evidência de que mãos tenham causado a morte. Nenhum sinal de violência sexual foi encontrado. “Ele não tem uma lesão por enforcamento ou estrangulamento, é uma asfixia que pode ter sido por compressão, a criança às vezes brinca de comprimir e desmaiar, houve uma sufocação. Um travesseiro, um plástico, algo assim que obstrui as vias aéreas“, analisou ele, em entrevista ao “Ultima Hora”.