Lauren Preer tinha 23 anos quando sua mãe, Leslie J. Preer, foi assassinada na própria casa em Maryland, nos Estados Unidos. A morte aconteceu em 2001 e, por mais de duas décadas, o autor do crime nunca foi encontrado. Contudo, em junho deste ano, ele finalmente foi identificado pelas autoridades.
De acordo com o The Washington Post, o pai de Lauren, Carl Preer, e um colega de trabalho encontraram Leslie morta no quarto do casal após ela causar estranheza por não aparecer no serviço. “Foi uma cena de crime bastante brutal, com muito sangue“, relembrou um detetive da polícia do Condado de Montgomery à WTTG-TV de Washington, em agosto de 2022, quando a polícia anunciou que uma equipe de casos arquivados estava investigando o crime.
Por mais de duas décadas, a família conviveu com a dúvida sobre o assassino. Em junho deste ano, as autoridades concluíram que o suspeito é Eugene Gligor, de 44 anos, ex-namorado de Lauren. O crime aconteceu três anos após o fim do relacionamento. Eles namoraram por cinco anos.
Durante a relação, as famílias de Gligor e Lauren moravam perto uma da outra e até chegaram a viajar juntas. Ao jornal, Lauren disse que o namorado nunca havia mostrado nenhum sinal de violência. No entanto, seu pai, que morreu em 2017, repetidamente a alertou que havia “algo estranho” com Gligor. Diferente do marido, a mãe sempre gostou do genro, relatou Lauren.
O namoro acabou após dois anos de relacionamento à distância, quando ambos estavam na universidade. Eles mantiveram uma relação amigável, mesmo depois do término, e até se encontraram em alguns eventos. Em um deles, Lauren chegou a dizer que a mãe tinha morrido. “Sinto muito“, respondeu ele. Carl, por sua vez, citou várias vezes a possibilidade de Eugene ser o assassino, algo em que a filha nunca acreditou.
Conclusão do caso
Segundo as autoridades, Gligor só foi detido pelo assassinato de Leslie após o seu DNA ser coletado de uma garrafa de água usada e descartada por ele. Os exames correspondiam aos coletados na cena do crime. Ele foi preso em 18 de junho em Washington. A defesa de Gligor não comentou sobre a acusação.
Depois da prisão do ex-namorado, Lauren contou aos promotores que estava “chocada” com a identidade do suspeito. Segundo a ABC News, ela estava no tribunal quando Gligor foi ordenado a permanecer preso e sem a possibilidade de fiança. “Nunca, nem em um milhão de anos, pensei que um dos nossos pudesse machucar minha mãe“, desabafou Lauren, em coletiva de imprensa após a conclusão do caso.