Uma mulher viralizou no fórum Reddit nesta semana ao descrever um delicado drama familiar que viveu. Há anos, ela descobriu que a própria irmã era amante de seu noivo. A traição provocou o fim do relacionamento e ainda resultou em uma gravidez para os “infiéis”. Contudo, o tempo passou e uma tragédia tirou a vida do casal… Por fim, a polêmica veio quando os pais da moça traída queriam que ela assumisse o sobrinho – filho do ex e da finada irmã.
A internauta, que teve sua identidade preservada, contou que sofreu muito com a traição de seu então noivo. “Eu cortei os dois da minha vida e declarei que eles estavam mortos, para mim. Eles tiveram um filho que, hoje, tem 4 anos, talvez quase 5, não tenho certeza. Eu nunca conheci essa criança. Nunca quis conhecê-la ou fazer parte da vida dela”, explicou a mulher. Hoje, ela está noiva novamente, vive um relacionamento estável e até comprou uma casa com seu novo amor.
Apesar da distância, ela sabia que seu ex-noivo e a irmã seguiam juntos e, frequentemente, ouvia falar de suas brigas explosivas. Até que o casal faleceu. “Quando eles morreram recentemente, em um acidente de carro, as pessoas ficaram chocadas, mas não muito, porque muita gente presumiu que eles deveriam estar brigando e, por isso, não focaram na estrada”, contou. Com a morte dos pais, a criança foi colocada num sistema de adoção temporária.
Os avós maternos até tentaram, mas não receberam a guarda da criança. Foi quando eles pressionaram para que a mulher adotasse o filho da irmã. “Meus pais tentaram ficar com ele, mas não tiveram permissão, por razões de saúde e mobilidade. A família da parte do pai da criança não quis ficar com ela, sem surpresas até aí, então, meus pais apelaram a mim”, relatou a moça. Ela não aceitou a ideia e contou que não podia fazer nada: “Eu disse a eles que eu não seria uma boa opção para criar a criança e que eu sentia muito, mas era fim de papo”.
Até mesmo Luke, atual noivo da mulher, foi pressionado a ficar com a criança, mas o rapaz disse que concordava com a opinião da parceira. “Eles me imploraram para reconsiderar minha decisão, mas eu disse que aquilo não era um trabalho para mim”, explicou ela. Um último argumento foi o de que aquilo seria bom para a imagem dela, já que estaria adotando a criança que foi “fruto da traição” de pessoas que eram importantes para ela.
“Eles me disseram para pensar em como pareceria bom para mim, a irmã e ex-noiva traída, ter amor e compaixão suficientes para criar a criança que foi concebida dessa traição e amá-la e ser a melhor mãe que essa criança poderia ter. Eles disseram que as pessoas pensariam que eu era uma santa e sempre pensariam em mim como uma pessoa incrível”, recordou. Mas a internauta bateu o pé! “Eu disse a eles que não sou santa, que não queria ser uma e que eu não tenho a necessidade de ser vista como uma pessoa incrível e que eu não criaria o neto deles só para parecer boa para outras pessoas. Eu disse também que eles precisavam parar de me pedir isso”, acrescentou.
Os pais dela ficaram inconformados, acusaram-na de virar as costas para a família e de “não ter coração”, por não se importar em ver o sobrinho no sistema de adoção. No fórum online, ela questionou se era ela quem estava errada nessa história. “Em nenhum momento quando eles me perguntaram isso eu me sentei, discuti tudo isso com eles, e aí eu simplesmente encerrei isso e não mostrei nenhuma preocupação do quanto isso está os preocupando e chateando. […] Eles são meus pais, esse é o neto deles e eu estou me negando sem me importar com o que realmente está acontecendo”, declarou ela, preocupada se devia agir diferente.
Após o relato difícil, muitos outros perfis saíram em defesa da internauta. “Por mais triste que seja, ter a criança em casa te lembrará da traição de seu ex e da sua irmão, além da morte deles. Eu ficaria insultado pelo fato de que eles pensam que você deveria fazer isso para ter uma boa aparência”, comentou uma conta. “A criança não é ‘sua carne e ossos’. A criança é deles. Eu sinto muito pelo luto que eles estão te fazendo passar”, opinou um usuário.
Além de defenderem que a mulher não era a “babaca” da história, outros sugeriram até que os pais dela estariam mentindo sobre as barreiras para adoção. “Talvez seus pais estejam mentindo para você sobre não poderem adotar. Tem que ser restrições médicas bastante severas para não ser aceito para cuidados familiares, e em alguns casos, eles se qualificariam para cuidados assistenciais caso acolhessem a criança”, apontou um internauta. “Nossos vizinhos já estão nos 60 e tantos e ambos são pessoas com deficiência (ele é amputado), e eles estão criando seus netinhos. Algo na história dos seus pais não bate. Você não é a babaca”, completou.