Hugo Gloss

Ondas de 8 metros, teto de estádio arrancado e inundações: Câmeras mostram chegada e destruição do furacão Milton

Getty

O furacão Milton tocou o solo na Flórida, por volta das 21h30 (horário de Brasília), desta quarta-feira (9), com ventos estimados em 205 km/h, segundo informações do NHC (Centro Nacional de Furacões) dos Estados Unidos. Embora tenha perdido força e sido reclassificado para a categoria 1, nesta madrugada, o fenômeno ocasionou uma série de inundações e destruições.

Câmeras registraram ao vivo a passagem do furacão. Diversos vídeos do fenômeno, que já deixou Tampa e seguiu em direção a Orlando, também foram compartilhados nas redes sociais. Em um deles, ainda é possível ver a cobertura do estádio Tropicana Field sendo destruído pelas fortes rajadas de vento. Veja:


Ondas grandes no Golfo do México

Um drone também gravou ondas de até 8,57 metros de altura dentro do furacão Milton, diante da passagem da tempestade pelo Golfo do México. As imagens foram captadas por volta das 18h01 (horário local; 15h01, no horário de Brasília). No momento dos registros, as rajadas de vento eram de 122,2 km/h a uma distância de cerca de 74 quilômetros do centro do fenômeno.

O vídeo foi feito pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) dos EUA. Segundo a instituição, as gravações são parte de um estudo para “compreender melhor o papel dos oceanos nos furacões“. O drone usado na captura foi especialmente projetado para coletar dados da camada limite, ou seja, uma região “estreita onde o oceano e a atmosfera interagem, muitas vezes influenciando a formação e o desenvolvimento de tempestades“. Assista:

Alertas sobre o furacão

Desde o início da semana, as autoridades pedem para a população que vive nas zonas de perigo deixar suas casas. Mais de um milhão atendeu ao pedido, segundo informações da imprensa internacional. Antes mesmo do fenômeno tocar o solo, a prefeita de Tampa, Jane Castor, reforçou a urgência. A cidade de Tampa é dividida em cinco áreas, e em duas delas a evacuação é obrigatória, de acordo com autoridades. “Se você escolher ficar em uma das zonas de evacuação, você vai morrer“, disse Castor.

O prefeito da cidade de Bradentown, Gene Brown, pediu para aqueles que decidiram ficar escrevam seus nomes nos braços. Isso seria necessário para que as pessoas sejam identificadas no caso de morte em decorrência da passagem do furacão. Segundo a agência de notícias norte-americana Associated Press, as únicas mortes registradas por conta do fenômeno ocorreram em uma comunidade, chamada Spanish Lakes Country Club, perto de Fort Pierce, voltada para idosos.

Ainda não se sabe, no entanto, o número de mortos. “Perdemos algumas vidas“, disse o delegado de St. Lucie County, Keith Pearson, à rede de TV WPBF News. Na terça-feira (8), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, também se pronunciou antes do furacão chegar à Flórida. “Esta pode ser a pior tempestade a atingir a Flórida em mais de um século e, se Deus quiser, não será, mas parece que sim agora, declarou.

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