Neste domingo (22), um passageiro de um voo da Alaska Airlines foi preso nos Estados Unidos após tentar desligar os motores da aeronave. O homem, que é piloto da companhia e estava fora de serviço, admitiu aos investigadores que consumiu cogumelos psicodélicos e acreditou estar tendo um colapso nervoso, o que causou o incidente. As informações foram divulgadas pelo jornal New York Times, nesta terça-feira (24).
De acordo com a reportagem, Joseph David Emerson afirmou lidar com uma depressão há cerca de seis meses. Quando embarcou no voo, ele estava sem dormir por cerca de 40 horas, acrescentando que também se sentia desidratado. Segundo a denúncia criminal, ele afirmou que essa foi a primeira vez que ingeriu cogumelos alucinógenos.
O piloto de folga, que fazia a viagem dentro da cabine de comando, declarou que pensava que estava sonhando, e que puxou as hastes que ativam o mecanismo de emergência para que pudesse “acordar”. “Não me senti bem. Parecia que os pilotos não estavam prestando atenção ao que estava acontecendo. Eu puxei as duas alavancas de desligamento de emergência porque pensei que estava sonhando e só queria acordar”, disse Emerson à polícia.
O Gabinete do Procurador dos EUA para o Distrito de Oregon comunicou que Emerson foi denunciado em um tribunal federal de uma acusação de interferência com tripulantes e comissários de bordo. O homem foi preso em Portland após o pouso do avião, e foi acusado por 83 tentativas de homicídio, bem como recebeu 83 acusações de conduta ilícita e imprudente e uma acusação por colocar a aeronave em perigo, segundo os registros do Gabinete do Xerife do Condado de Multnomah.
Entenda o caso
Um homem foi preso neste domingo (22), nos Estados Unidos, sob acusação de tentativa de homicídio contra mais de 80 passageiros e tripulantes de um voo da Alaska Airlines. Ele, que coincidentemente é piloto, teria tentado desligar os motores do avião em pleno ar, mas não obteve sucesso. Nenhum passageiro se feriu.
Através de um comunicado, a companhia aérea afirmou que o voo decolou de Everett, em Washington, com destino a São Francisco. O avião era operado pela Horizon Air, subsidiária da Alaska Airlines. No entanto, teve que ser desviado devido a ameaça de segurança referente a atitude de Emerson, que ocupava um assento auxiliar no interior da cabine de comando, apurou o jornal NBC News.
“O ocupante do assento auxiliar tentou, sem sucesso, interromper o funcionamento dos motores. O capitão e o primeiro oficial da Horizon responderam rapidamente, a potência do motor não foi perdida e a tripulação protegeu a aeronave sem incidentes”, relatou a Alaska Airlines em comunicado.
Um áudio contendo trechos da comunicação do avião com o controle de tráfego aéreo revelou a tentativa de interrupção dos motores do avião: “Atenção. Temos aqui o sujeito que tentou desligar os motores, de dentro da cabine. Não parece que ele tenha algum problema na parte de trás [da aeronave] agora. Acho que ele foi dominado. Fora isso, queremos a aplicação da lei assim que chegarmos ao solo e estacionarmos”.
O avião pousou cerca de uma hora depois do transtorno no aeroporto de Portland, em segurança, segundo dados da FlightAware. Todos os passageiros puderam viajar em um voo posterior, em direção ao destino inicial: a cidade de São Francisco.
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