A companhia aérea Japan Airlines informou, nesta terça-feira (2), que o avião comercial que colidiu com uma aeronave da Guarda Costeira do Japão havia recebido permissão para pousar. A informação foi confirmada pelas autoridades japonesas nesta quarta-feira (3). Os investigadores analisaram a comunicação entre os pilotos e a torre de controle do aeroporto e constataram a permissão.
Segundo as autoridades, a transcrição do diálogo foi o primeiro passo das investigações abertas pelo governo para apurar qual foi o erro que causou o choque. Além disso, de acordo com as transcrições, o avião da Guarda Costeira teria sido orientado a taxiar até um ponto de espera, próximo à pista.
A Guarda Costeira também afirmou que sua aeronave entrou na pista após receber permissão. No entanto, o g1 informou que um funcionário do departamento de aviação civil do Japão relatou que não havia nenhuma indicação de que o avião da Guarda Costeira tivesse recebido permissão para decolar.
“O Ministério dos Transportes está apresentando material objetivo e cooperará totalmente com a investigação para garantir que trabalhemos juntos para tomar todas as medidas de segurança possíveis para evitar uma recorrência“, disse o ministro dos Transportes do Japão, Tetsuo Saito.
O caso está sendo investigado pelo Conselho de Segurança dos Transportes do Japão, com participação da França e do Reino Unido, fabricantes do Airbus e dos motores do avião da Guarda Costeira, respectivamente. O segundo passo das investigações será analisar a caixa preta dos dois aviões.
O acidente aconteceu nesta segunda-feira (1°), quando o avião da Japan Airlines, com 379 passageiros e 12 tripulantes, colidiu com o da Guarda Costeira, na pista do aeroporto internacional de Haneda, em Tóquio. As aeronaves pegaram fogo diante do impacto, que resultou na morte de cinco dos seis tripulantes do turboélice da Guarda Costeira. O piloto foi internado em estado grave.
O avião que estava na pista iria decolar em direção à base militar de Niigata, na costa oeste do Japão, para ajudar as cidades atingidas pelo terremoto. Já a aeronave da Japan Airlines era um voo comercial que chegava de Hokkaido, no norte, como apontou a companhia. Imagens feitas por quem estava a bordo circularam na internet. Clique aqui para assistir.
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