Hugo Gloss

Promotoria revela trechos de diário de Luigi Mangione que detalham planejamento de assassinato de CEO

(Foto: Getty)

Luigi Mangione, identificado como o principal suspeito no assassinato de Brian Thompson, CEO da seguradora UnitedHealthcare, teria planejado o crime ao longo de meses. De acordo com a queixa criminal federal registrada nesta quinta-feira (19), os promotores afirmam que o jovem fez “várias anotações em um diário”, que corroboram a teoria de que ele é o responsável pela morte de Thompson.

Segundo documentos obtidos pelo TMZ, Mangione escreveu de forma velada sobre seus planos. Em um trecho datado de 15 de agosto deste ano, o suspeito menciona estar “feliz — de certa forma — por ter procrastinado”, já que isso lhe permitiu aprender mais sobre um nome específico.

O nome foi ocultado nos documentos, mas, segundo o veículo, refere-se a uma empresa. Para as autoridades, o diário indica que Mangione planejava executar o CEO muito antes de agosto.

Luigi Mangione gritou com a imprensa durante a prisão. (Foto: Getty)

Em outro trecho, de 14 de agosto, Mangione escreveu que “o alvo é a seguradora” porque ela “completa todas os requisitos”. Isso sugere que ele não tinha uma queixa específica contra o setor de seguros, mas sim contra a ganância corporativa em geral. Assim, o ataque contra o CEO teria sido uma forma de servir a seus propósitos maiores.

Os documentos também incluem um terceiro trecho do diário, datado de 22 de outubro, na qual o suspeito escreveu: “1,5 meses. Esta conferência de investidores é uma verdadeira sorte inesperada… e, o mais importante, a mensagem se torna evidente”.

Thompson foi morto a tiros em Manhattan, em frente ao hotel Hilton Midtown, em Nova York, cerca de seis semanas depois, no dia 4 de dezembro. Segundo o processo, Mangione mencionou que planejava “acertar” um CEO na conferência — embora a anotação não tenha identificado Thompson pelo nome.

Suspeito e o CEO da UnitedHealthcare, Brian Thompson. (Foto: UnitedHealth Group / New York Police Department/Facebook)

Além dos trechos do diário, os promotores federais citaram uma carta apreendida com Mangione durante sua prisão, endereçada “aos [agentes] federais”. Na carta, ele teria declarado que agiu sozinho e forneceu instruções para que a informação fosse confirmada.

Nesta quinta-feira (19), Luigi foi levado de volta a Nova York com algemas nos braços e nas pernas. Ele renunciou ao direito de audiência de extradição e chegou ao tribunal federal em Lower Manhattan sob forte escolta policial, após ser transportado de helicóptero até o heliporto de Wall Street. Mangione enfrenta acusações de homicídio em primeiro e segundo graus, terrorismo, além de crimes relacionados a posse de armas e falsificação, tanto em Nova York quanto na Pensilvânia. Ele também responderá por homicídio federal, que pode resultar na pena de morte.

Mangione chegou a Nova York sob forte escolta policial. (Foto: Getty)
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