No último sábado (12), uma turista morreu após se arriscar para tirar uma foto na borda de um penhasco no Parque Nacional Grampians, na Austrália. Rosy Loomba, que tinha 38 anos, sofreu uma queda de uma altura de 80 metros — aproximadamente um prédio de 27 andares — e não resistiu.
Segundo a CNN, a polícia informou que Loompa havia ultrapassado as barreiras de segurança sinalizadas no local para posar para uma foto em uma rocha. Contudo, a turista tropeçou na borda e caiu. Ela estava acompanhada do marido e do filho. De acordo com os relatos, algumas testemunhas até ouviram os gritos quando a mulher se desequilibrou, porém, nenhum dos presentes conseguiu ajudá-la.
Após a trágica morte em decorrência da queda, os serviços de emergência tiveram de escalar o penhasco para recolher o corpo da mulher, em um trabalho que levou cerca de seis horas. O ponto turístico, por sua vez, ficou interditado do final da tarde até as 22h do mesmo dia, no horário local. Mas essas “violações” das barreiras de segurança não são novidade… Pelo contrário.
Em entrevista ao blog Page Not Found, o consultor financeiro Gustavo Maranzati deu seu relato sobre quando visitou o ponto em que Loomba se acidentou. “Na vez de cada um, as pessoas pulavam a proteção estabelecida pelo parque, iam até a ponta da pedra e tiravam fotos. Alguns ficavam em pé, outros sentados (como eu). Todos brincavam com a situação e pareciam não enxergar perigo. Confesso que eu mesmo me senti seguro em me sentar na pedra, mas fui andando com bastante cuidado até chegar à beira”, disse ele.
Segundo o brasileiro, o Parque Nacional Grampians tem vários pontos em que é possível burlar tais proteções – e, consequentemente, se expor aos altíssimos riscos. “Infelizmente o parque tem muitos locais onde é possível furar as barreiras de proteção para conseguir fotos bonitas em pedras altas como essa do acidente, por isso cabe aos visitantes que se policiem e não se coloquem em situações de risco”, disse o jovem, de 24 anos.
O guia turístico Graham Wood também já havia alertado sobre esse risco, cerca de meia hora antes da morte da turista. “Comentei com meus clientes que isso [pessoas subindo pela barreira de proteção] acontece o tempo todo… E um dia desses, alguém iria cair. Estou triste que isso tenha acontecido”, lamentou ele, em entrevista ao site Nine News.