Suspeito de matar Charlie Kirk teria confessado o crime a amigos em chat online horas antes da prisão, diz site; veja

Kirk morreu após ser baleado no pescoço durante um evento na Utah Valley University

Horas antes de ser preso por suspeita de matar o ativista político Charlie Kirk, Tyler Robinson, de 22 anos, teria enviado uma mensagem a um grupo privado de amigos no Discord assumindo a autoria do disparo. As mensagens foram entregues às autoridades e divulgadas pelo jornal The Washington Post. Robinson permanece sob custódia em Utah.

A suposta confissão teria ocorrido na noite de quinta-feira (11), por volta das 19h57 (horário local), cerca de duas horas antes do suspeito ser detido. Segundo o veículo, que teve acesso a capturas de tela da conversa, Robinson escreveu: “E aí, pessoal, tenho más notícias para todos vocês. Fui eu na UVU (Universidade de Utah Valley) ontem. Peço desculpas por tudo isso. Vou me entregar por meio de um amigo xerife em alguns instantes. Obrigado por todos os bons momentos e risadas, vocês foram incríveis, obrigado a todos por tudo”.

Os prints teriam sido compartilhados por dois participantes do grupo, sob condição de anonimato. Um deles confirmou que a mensagem veio da conta de Robinson. O Discord também forneceu uma cópia da mensagem às autoridades e, segundo uma fonte da empresa, está colaborando com o FBI. A plataforma ainda afirmou que não encontrou qualquer indício de planejamento prévio ou incentivo à violência em sua rede. “Não encontramos nem recebemos nenhuma evidência de que o suspeito planejou esse incidente no Discord ou promoveu violência no Discord”, declarou.

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De acordo com o New York Times, Robinson já havia feito comentários no Discord logo após a divulgação das imagens do suspeito pela polícia, em tom de ironia. O governador de Utah, Spencer Cox, confirmou essas interações e disse que amigos do acusado, naquele momento, “não acreditavam que fosse ele mesmo”. Um dos grupos citados nas reportagens contava com cerca de 30 pessoas.

No dia seguinte à mensagem de Robinson, um dos participantes do grupo reagiu: “Embora as opiniões políticas de Charlie Kirk não fossem aceitáveis ​​para alguns, peço que todos nós façamos uma oração por ele e sua família durante esses tempos confusos”. Outro amigo pediu que rezassem “por Tyler e seu arrependimento”.

Tyler Robinson é suspeito de matar Charlie Kirk (Foto: FBI)

O diretor do FBI, Kash Patel, confirmou à Fox News que Robinson foi preso por volta das 22h. Ele também afirmou que vestígios de DNA encontrados no local do crime correspondem ao suspeito. Segundo Patel, o material genético foi identificado em uma toalha que envolvia a arma e em uma chave de fenda localizada no telhado de onde partiu o disparo.

Ainda segundo Patel, um bilhete com conteúdo incriminador foi achado na casa da família de Robinson, mesmo após o texto ter sido parcialmente destruído. A mensagem dizia: “Tenho a oportunidade de eliminar Charlie Kirk, e vou aproveitá-la”. As autoridades de Utah devem apresentar formalmente as acusações de homicídio doloso contra Robinson nesta terça-feira (16).

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O ataque

Charlie Kirk tinha 31 anos e era um influenciador republicano, além de aliado de Trump. Ele morreu na quarta-feira (10), depois de ser baleado no pescoço enquanto falava em um evento na Utah Valley University. O suspeito do crime foi filmado em um telhado da universidade. O FBI divulgou imagens dele no dia seguinte.

Kirk foi assassinado justamente enquanto respondia à pergunta de um jovem sobre os tiroteios nos EUA. Conforme a Reuters, uma pessoa da plateia perguntou: “Você sabe quantos ataques de atiradores em massa houve nos Estados Unidos nos últimos dez anos?“. Ele respondeu: “Contando ou não a violência de gangues?”. Logo em seguida, levou o tiro no pescoço.

Assista:

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Tyler Robinson foi detido e está sob custódia policial. Em entrevista à Fox News também nesta sexta (12), Donald Trump afirmou que o suspeito foi voluntariamente até uma delegacia local após ser convencido a se entregar pelo pai, Matt Robinson.

De acordo com o presidente dos Estados Unidos, Tyler tomou a decisão depois de um pastor reconhecê-lo nas imagens divulgadas pelas autoridades e delatá-lo a Matt. O pai do jovem atua no Departamento do Xerife do Condado de Washington há 27 anos, e teria contatado as autoridades e impedido o filho de fugir. Ele era bolsista da Universidade Estadual de Utah.

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