Novas imagens da expedição ao Titanic, realizada entre julho e agosto, revelaram que a icônica grade de proteção do convés de proa quebrou. A peça, um dos símbolos do naufrágio do Titanic, foi encontrada no fundo do mar, a 15 metros da posição original.
A descoberta foi feita por uma equipe da RMS Titanic Inc.. A empresa estava explorando o local do naufrágio quando notou que a proa de proteção estava faltando. A parte da grade do Titanic, icônica por ter servido de inspiração para a famosa cena de Jack e Rose no filme de James Cameron, de 1997, tinha cerca de cinco metros.
“A proa do Titanic é simplesmente icônica. Você tem todos esses momentos na cultura pop, e é nisso que você pensa quando pensa no naufrágio. E não se parece mais com isso”, lamentou Tomasina Ray, diretora de coleções da RMS Titanic Inc. Há diversas razões que explicam a deterioração diária do navio. Os fatores podem ser as fortes correntes marítimas, que criam ondas de lama e corroem o metal, e até mesmo a ação de microrganismos que se alimentam do ferro do navio.
“É apenas mais um lembrete da deterioração que acontece todos os dias. As pessoas perguntam o tempo todo: ‘Quanto tempo o Titanic vai ficar lá?’. Nós simplesmente não sabemos, mas estamos assistindo em tempo real”, completou Ray.
Em meio a esse cenário de destruição, as imagens capturadas por robôs subaquáticos também localizaram uma estátua de bronze de Diana de Versalhes. O objeto decorava a lareira do Lounge da Primeira Classe do navio. A imagem, inspirada na obra original do Louvre, havia sido vista pela última vez em 1986, segundo a RMS.
A tragédia do Titanic ocorreu em abril de 1912, quando o navio colidiu com um iceberg e afundou. O acidente matou 1.500 pessoas. Desde então, o naufrágio continua sendo objeto de estudo e fascínio dos pesquisadores. No ano passado, um grupo de cinco pessoas tentou chegar ao local a bordo de um submarino. O Titan, transporte da empresa OceanGate, implodiu antes de chegar ao destino, matando todos os expedidores.