Hugo Gloss

Vice Miss Filipina é encontrada morta após suposto estupro coletivo; Suspeitos são soltos por “falta de provas”

Christine Dacera, de 23 anos, foi encontrada morta na banheira de um quarto do hotel City Garden, nas Filipinas, no dia 1 de janeiro. A comissária de bordo da Philippines Airlines, conhecida por ter sido vice-campeã do concurso Miss Silka Davao, em 2017, comemorava a virada de ano com amigos no local. Ela chegou a ser levada ao hospital, mas foi declarada morta. A polícia suspeita que a jovem tenha sofrido um estupro coletivo, por conta dos ferimentos.

Segundo o jornal local Manilla Times e o The Sun, um dos “amigos” da vítima é Rommel Galida, que foi detido por suspeita de participação no crime. O rapaz disse que, aproximadamente às 10 horas (horário local), viu Christine adormecida na banheira, cobriu a moça com um cobertor e voltou a dormir. Algumas horas depois, o homem afirmou que a encontrou no mesmo local, desacordada e ficando roxa.

Christine foi encontrada morta aos 23 anos. (Foto: Reprodução/ Instagram)

Colegas de trabalho tentaram realizar uma massagem cardíaca para reanimar Christine, mas ela não reagiu. Três amigos e alguns funcionários do hotel encaminharam a comissária ao hospital, mas ela foi declarada morta pelos médicos assim que chegou à emergência. A suspeita de abuso sexual se deve aos hematomas, contusões, arranhões e cortes espalhados pelo corpo da vítima. Ao site News Strait Times, o coronel Harold Depositar, chefe da polícia de Makati, afirmou que a moça apresentava ainda “lacerações e esperma em sua genitália”.

Suspeitos são soltos

A polícia local havia informado que 12 homens foram acusados provisoriamente pelo estupro e homicídio de Christine. Segundo a denúncia, os suspeitos estavam hospedados em quartos próximos ao da modelo no momento de sua morte. “Apenas três deles [suspeitos] eram amigos de Dacera. Os outros eram praticamente estranhos para ela, pois eram conhecidos apenas por seus três amigos”, afirmou Depositar.

Polícia suspeita que jovem foi vítima de um estupro coletivo. (Foto: Reprodução/ Instagram)

John Pascual Dela Serna III, de 27 anos, Rommel Daluro Galido, de 29, e John Paul Reyes Halili, de 25, haviam sido detidos pelo crime. Porém, nesta quarta-feira (06), a promotoria da cidade de Makati liberou os três, alegando falta de provas. Segundo a CNN Filipinas, os agentes dizem não haver evidências suficientes para determinar se o caso realmente se tratou de um estupro seguido de morte.

A autópsia esclareceu que a morte foi causada por um aneurisma. Os fluidos corporais indicados pelo coronel inicialmente, não foram encontrados. A promotoria aconselhou uma investigação mais profunda dos três suspeitos que foram soltos, assim como dos outros nove homens que se encontram foragidos. Foi pedido ainda que a polícia apresente mais provas do caso, como exames toxicológicos e amostras de DNA.

Família contesta autópsia

A família da aeromoça diz acreditar que mais sete homens estariam envolvidos na morte de Christine, e contestou o resultado da autópsia. “Há pelo menos sete suspeitos não identificados que precisam ser presos, investigados e, se for o caso, devem ser processados“, afirmou Brick Reyes, porta-voz dos Dacera. O profissional revelou também que os parentes consideram entrar com uma ação contra o hotel City Garden.

Os familiares chegaram a pedir uma nova autópsia do corpo. “Que tipo de autópsia é essa? Por que não especificou as outras lesões? Não está completo para nós. Talvez o aneurisma fosse uma causa próxima, mas também é muito possível que isso pudesse ter sido desencadeado pelo ataque a Christine antes de sua morte“, continuou o porta-voz.

Christine era aeromoça da Philippine Airlines. (Foto: Reprodução/ Instagram)

Sharon Dacera, mãe de Christine, lamentou por acreditar que a filha estivesse segura na comemoração de ano novo. “Eu não tinha nenhuma presunção de que algo iria acontecer com minha filha porque ela estava com outros comissários de bordo. Por que eles tinham que fazer isso com minha filha? Eu quero buscar justiça“, declarou, em entrevista ao 24 Oras.

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