Hugo Gloss

Vídeo: Italiano confessa assassinato da própria mãe ao vivo na TV, e chora ao expor motivação

Lorenzo Carbone, um homem italiano de 50 anos, confessou o assassinato da mãe em entrevista ao talk show Pomeriggio5, da Mediaset, na tarde de segunda-feira (23). Ele estava desaparecido desde domingo (22), quando o corpo de Loretta Levrini foi encontrado em sua cama pela filha.

Após fugir para Pavullo, cidade próxima, ele caminhou pelas ruas antes de retornar à residência que dividia com a mãe em Spezzano di Fiorano, uma cidade da província de Modena, na região de Emilia-Romagna. Foi então que o jornalista Fabio Giuffrida encontrou o suspeito, por acaso, durante a cobertura da história.

Após chamar a polícia, ele entrevistou Lorenzo. Visivelmente abalado, o homem revelou que a mãe vivia com demência e que ele “não aguentava mais”. “Eu a estrangulei, não sei por que fiz isso. De vez em quando, ela me deixava com raiva enquanto se repetia”, admitiu ele.

Marcada como “exclusiva”, a entrevista, junto com a prisão de Carbone por suspeita de homicídio, foi ao ar poucos minutos depois no programa apresentado por Myrta Merlino.

A apresentadora foi duramente criticada on-line pela decisão, que causou polêmica entre os espectadores. “O que aconteceu hoje no Pomeriggio5 é muito grave”, lamentou Gaia Tortora, vice-diretora do canal de TV TG La7, no X. “Este não é o nosso trabalho. Rasgando o código de ética, estamos chegando ao fundo do poço”, destacou.

O jornalista Ernesto Antonucci, do jornal Il Foglio, questionou a necessidade de transmitir uma entrevista “com um homem em evidente estado de confusão”. “Não bastava chamar a polícia, como felizmente foi feito, e depois explicar o que aconteceu, sem veicular o vídeo? O circo da mídia atingiu um ponto muito baixo”, pontuou.

Merlino, no entanto, defendeu a decisão e insistiu que faria tudo novamente. “Recebi uma ligação do correspondente alguns minutos antes de entrar ao vivo”, explicou ela. “Tive pouco tempo para decidir. Só me importo com uma coisa: que isso não prejudique a investigação. O homem era procurado. A polícia foi chamada e me autorizou a divulgar as imagens da entrevista”, concluiu.

Sair da versão mobile