Roberta Medina, vice-presidente do Rock in Rio, afirmou que Anitta foi “precipitada” ao dizer que não se apresentaria mais no festival. Em uma coletiva de imprensa no Rock in Rio Lisboa, neste sábado (15), que celebra os 20 anos do evento em Portugal, a empresária admitiu que “todos erram” e que adoraria ter a cantora em um futuro line-up.
O desentendimento entre Anitta e a equipe do Rock in Rio perdura desde 2022. Em seu perfil do X, a voz de “Bellakeo” reclamou sobre a diferença no tratamento entre os artistas nacionais e internacionais. “Eu não piso neste festival nunca mais. Só se um dia eles resolverem dar aos artistas que falam português o mesmo respeito que dão aos estrangeiros. Pergunte aos mais corajosos como são tratados quem é do Brasil e como é tratado quem é de fora. É como se estivessem fazendo um grande favor nos pôr”, pontuou.
festival nunca mais. Só se um dia eles resolverem dar aos artistas que falam português o mesmo respeito que dão aos estrangeiros. Pergunte aos mais corajosos como são tratados quem é do Brasil e como é tratado quem é de fora. É como se estivessem fazendo um grande favor por
— Anitta (@Anitta) September 12, 2022
Roberta, por sua vez, desaprovou as atitudes da cantora. “Quando terminou o Rock in Rio 2022, a Anitta brigou com o Rock in Rio. Por quê? A gente nem tinha a Anitta no Rock in Rio naquela edição. Se me perguntar se eu quero Anitta no Rock in Rio, aqui está de portas abertas. Agora, não foi legal? Não foi legal. Mas cada ano é um ano, cada momento é um momento. A gente, como pessoa, amadurece. Por que as relações não podem amadurecer?”, argumentou.
“Eu acho que a gente fica um tempo de bode. Acho [a fala dela] forte e precipitada, porque eu não vejo isso acontecer. Acho absolutamente desnecessário. Mas eu acho que a gente erra, a gente amadurece, e isso vale para todos os lados. Dizer nunca, para sempre. Isso não existe”, opinou Medina.
“Amor, alegria. A gente está falando de um espaço que, acima de tudo, é um mega laboratório social. As pessoas se respeitam. E eu acho que a gente pode reverberar amor. Se precisar fazer as pazes, a gente faz as pazes”, completou a vice-presidente executiva do festival.
Críticas
Na mesma coletiva, Roberto Medina, o criador do Rock in Rio , falou sobre as críticas que o festival recebeu por incluir shows de sertanejo na edição deste ano. O festival selecionou uma programação exclusiva, em 21 de setembro, chamado de Dia Brasil, em que terá apenas artistas nacionais. Luan Santana, Ana Castela e a dupla Chitãozinho e Xororó são alguns dos nomes que subirão ao palco.
“A pergunta não deveria ser ‘por que sertanejo?’, mas ‘por que não sertanejo?’. É a música mais ouvida no Brasil”, analisou Medina. Uma parcela do público desaprovou as mudanças recentes da produção, alegando que não há mais foco no rock como antigamente.
“Tem uma coisa [de parte do público] com rock antigo que não tem nada a ver. Tem que ter todo mundo no festival. Dizem: ‘Aquilo já foi rock, depois foi se transformando em pop’. É mentira”, retrucou Roberto.