UAU! Pabllo Vittar surgiu pleníssima na capa e num ensaio especial da revista norte-americana “Paper”, mesma publicação que já destacou celebridades como Kim Kardashian; Rihanna e Miley Cyrus. Para a edição, Pabllo concedeu uma entrevista interessante à estrela da chamada PC Music, Charli XCX, com quem inclusive já havia trabalhado no ano passado na faixa “I Got It”.
A brasileira comentou – um pouquinho – sobre o que tem preparado para seu próximo disco, o segundo de sua carreira; revelou suas colaborações dos sonhos e não poupou elogios a nomes como Diplo e Anitta, seus parceiros no smash hit “Sua Cara”.
“Vai Passar Mal foi um álbum muito bom, mas é hora do seguinte vir. E estou muito feliz porque as pessoas vão ouvir a mesma influência da música brasileira, do norte e nordeste do Brasil. Neste novo álbum, haverá influências da música pop latina e internacional, e eu estou muito satisfeita com as pessoas que participam dele – pessoas que estão crescendo e que já eram minhas amigas. E estou muito animada para lançar o próximo single. Estou prestes a fazer o clipe para o próximo single e estou muito feliz“, resumiu a dona de “K.O” sobre o novo projeto.
Questionada por Charli sobre com quem gostaria de gravar uma canção, Pabllo citou os nomes de três poderosas mulheres… “Eu adoraria colaborar com Demi Lovato. Eu amo ela. Também Beyoncé e Rihanna, que têm incrível alcance vocal. Eu acho que principalmente Beyoncé e Rihanna”, reforçou. Na sequência, a drag queen recordou como foi gravar o fenômeno “Sua Cara”. “Eu amo muito Anitta e Diplo. Quando comecei, sempre quis colaborar com Anitta. E eu sempre fui fã do Major Lazer, isso não é segredo. Eu o amava desde que comecei a fazer música, então quando tive a oportunidade de trabalhar com Anitta para o álbum de Major Lazer, foi como realizar dois sonhos ao mesmo tempo. Foi fantástico. Estava tão quente lá [no Marrocos, onde o clipe foi filmado], mas eu passaria calor todo aquele tempo e comeria toda aquela areia novamente só para estar perto de Diplo e trabalhar com Anitta mais uma vez“, garantiu.
A voz de “Boom Clap” então provocou Pabllo sobre sua relação com Diplo: “Toda vez que eu o encontro, ele fala sobre o quão gostosa você é. Eu acho que ele tem uma queda por você“. A brasileira, por sua vez, falou em reciprocidade. “Diplo! Venha para mim, meu querido. Eu acho que ele tem uma queda por mim e eu também tenho uma queda por ele. Eu estava em Los Angeles gravando meu novo álbum, mas ele não estava lá. Isso foi triste. Mas respirar o mesmo ar que o meu ‘papai’ foi muito bom“, se derreteu.
Em outro momento, Charli se lembrou de quando veio ao Brasil pela última vez e seus fãs lhe falaram sobre Pabllo: “Fui tocar num festival e conhecer e cumprimentar meus fãs. Daí perguntei a eles: ‘Quem é o melhor artista do Brasil agora?’. Todos disseram que era Pabllo Vittar, começaram a compartilhar comigo seus clipes e falaram ‘você tem que ver a Pabllo, ela é a melhor pessoa da música brasileira e representa a comunidade LGBTQ’. A norte-americana, na sequência, questionou nossa diva sobre qual a sensação de ter tanto peso nessa representatividade.
“Eu me sinto muito feliz com isso porque é ótimo representar minha comunidade de uma maneira tão expressiva, e nós vivemos no momento mais difícil de todos os tempos, e poder representar essa comunidade dá força não apenas para meus fãs, mas também para mim mesma, continuar fazendo o trabalho que fazemos, o que é muito importante. Fazer isso passa uma mensagem muito importante para crianças e adolescentes que têm sofrido e se intimidado como aconteceu comigo quando tinha essa idade“, explicou Pabblo, dando mais detalhes de como o bullying chegou a interferir em sua vida.
“Foi muito difícil [crescer como um LGBTQI+ no Brasil]. Eu sempre sonhei em ser capaz de atuar, estar em um palco, cantar, fazer arte, mas ao mesmo tempo eu não tinha muita esperança por conta de todo o bullying que eu tinha passado. As pessoas na escola diriam que eu nunca seria alguém, e por muito tempo na minha vida, eu acreditei nisso, mas quando você tem seus pais, sua família e amigos te apoiando, tudo fica mais fácil. Eu me sinto abençoada por ter pessoas tão boas ao meu redor“, declarou.
Por fim, a voz de “Então Vai”, revelou uma admiração especial por uma parcela da comunidade LGBTQI+: “Os gays afeminados! Eu faço música para eles. Eles são uma parte maravilhosa da comunidade. […] Somos uma comunidade muito forte. Isso me faz feliz por ter nascido no Brasil. Se eu pudesse ter escolhido onde nasci, eu teria escolhido nascer aqui de qualquer maneira, porque as pessoas LGBTQI+ no Brasil são muito fortes. Não quero dizer que a comunidade não seja forte em outros lugares, mas aqui temos um trabalho a fazer – nos unir como pessoas”.