Atenção! Esse post é dedicado aos amantes da astrologia e da boa música! “Zodíaco”, novo disco de Xamã, finalmente chegou às mãos do público nessa segunda-feira (14). Todas as 12 faixas do projeto levam nomes de signos e contemplam, lírica e musicalmente, as particularidades e características de cada um deles. “Esse é o álbum mais importante da minha carreira”, celebrou o artista.
Em “Escorpião”, parceria com Agnes Nunes, por exemplo, Xamã traz batidas sensuais e um clipe igualmente instigante e provocante. Já o feat com Luísa Sonza, “Câncer”, é embalado por uma melodia mais animada e fala sobre a entrega e o acolhimento de uma canceriana. Gloria Groove também participa do álbum na faixa “Capricórnio”, que ilustra a integridade e a sinceridade de um amor desse signo.
De quebra, Xamã lançou também nessa segunda, o clipe de “Leão”, parceria dele com Marília Mendonça! É só mais uma prova de como o trabalho avança fronteiras, explorando ritmos e gêneros musicais distintos, sem perder autenticidade. “Acho que ‘Zodíaco’ é meio que isso, não é uma coisa só, é uma feijoada! Se eu fosse fazer um álbum só de rap, acho que não conseguiria falar do zodíaco inteiro”, analisou o músico. Assista à produção:
Em entrevista ao hugogloss.com, Xamã acena para o que seria, com esse disco, um movimento inédito em sua carreira. “Nunca tive que estudar tanto pra fazer músicas, era uma coisa muito espontânea pra mim. De todos os discos, ele é o mais completo. O rap é uma coisa bem underground, a gente ouve uma batida e já quer rimar. É isso que eu achava antigamente: colocava uma batida, começava a rimar e aquilo era meu disco. Dessa vez, prestei mais atenção nas músicas, nos arranjos… ‘Zodíaco’ é um disco de um músico, não de um rapper”, comparou. Ouça:
Na última semana (10), o artista anunciou em suas redes que a canção “Áries” não contaria mais com os vocais de Anitta, como havia previamente sido anunciado. “Anitta não estará mais presente na música ‘Áries’ devido a muitos lançamentos da cantora. Foi decidido que não haveria possibilidade continuar com projeto e atrapalhar os lançamentos da agenda dela. A música segue comigo cantando sozinho a parte que eu tinha escrito para ela cantar… Espero que gostem”, informou ele, no Twitter.
Diante dos boatos que passaram a circular na web, o rapper garantiu ao HG que não há nenhum mal-estar entre os dois: “Não existe treta, nem chateação, em hipótese nenhuma! Inclusive, a comunicação de que não haveria possibilidade de lançar o feat foi feita de uma forma extremamente profissional e carinhosa por parte da equipe dela. Tá tudo certo! É que a galera da internet gosta muito de treta, né? Eles sempre alimentam tretas inexistentes… Eu até brinquei numa postagem, dizendo que vou fazer uma banda de forró chamada ‘Fanfiqueiros do Twitter’ (risos)”.
Confira o bate-papo com Xamã na íntegra:
HG: O que veio primeiro: o conceito de “Zodíaco” ou seu interesse pela astrologia? Você já curtia essa coisa de signos? Ou primeiro teve a ideia do álbum e depois correu atrás?! Como foi esse processo, e por que essa proposta?
Xamã: Quando eu era criança, eu via um desenho chamado “Cavaleiros do Zodíaco” e isso ficou na minha cabeça, porque os personagens falavam muito sobre signos. Quando a gente é criança, tudo é muito folclórico, né… Então [quando escuto] a palavra ‘zodíaco’, a primeira lembrança que tenho é desse desenho. Sempre gostei de coisas místicas. A gente tá sempre olhando pras estrelas, procurando explicações, procurando um pouco sobre quem a gente é, e o zodíaco é muito isso. Sempre tive essa curiosidade, sobre essa necessidade de autoexplicação que a gente tem, ao olhar pro céu. A ideia do álbum veio ano passado. Assim que eu terminei “O Iluminado”, coloquei isso na minha cabeça. “O Iluminado” falava só sobre filmes. No primeiro disco, lá em 2018, eu falava só sobre pecados capitais e, em 2020, resolvi falar sobre o zodíaco. Acredito que de todos os assuntos que já resolvi falar, o zodíaco é o que está há mais tempo na minha cabeça, desde que eu era criança.
HG: Você diz que é o álbum mais importante de sua carreira. Por quê?
Xamã: Sim, porque eu tô falando com mais propriedade nas músicas. Eu nunca tive que estudar tanto pra fazer músicas, era uma coisa muito espontânea pra mim. Eu estou estudando muito música, estudando muito os arranjos… De todos os discos, ele é o mais completo. O rap é uma coisa bem underground, a gente ouve uma batida e já quer rimar. É isso que eu achava antigamente: Colocava uma batida, começava a rimar e aquilo era meu disco. Dessa vez, estou prestando mais atenção nas músicas, nos arranjos… “Zodíaco” é um disco de um músico, não de um rapper, acredito.
HG: O disco é sagitariano, assim como o Hugo Gloss. Como você acha que esse signo pode conversar com o trabalho?
Xamã: Eu amo todos os sagitarianos! Inclusive, quem me ajudou a fazer esse álbum foi a [astróloga] Sereia Sagita. A visão deles é totalmente desprendida de coisas impossíveis. É mais fácil você falar dos seus pecados com um sagitariano, que provavelmente vai te entender. Ele não vai te julgar, vai te ajudar a resolvê-los. Eu amos os sagitarianos, tenho uma relação ótima com os signos de fogo.
HG: Em “Zodíaco”, você avança nas fronteiras sonoras e explora gêneros até então distantes, como o rock. Também temos pop, funk e R&B, além claro do rap. O que você gostou mais de experimentar, e o que isso abriu aí de possibilidades? Tomou gosto por algum gênero em específico?
Xamã: Na verdade, esse cara que está falando aqui é roqueiro! Esquece o rap, eu sempre fui do rock! (risos) Gosto demais! Eu acho que o zodíaco é meio que isso, não é uma coisa só, é uma feijoada! Se eu fosse fazer um álbum só de rap, acho que eu não conseguiria falar de zodíaco inteiro. O zodíaco tem mil possibilidades e personalidades, por isso que [o álbum] tem um pouquinho de tudo, né… é um disco bem brasileiro.
HG: Anitta chegou a ser anunciada na tracklist do disco, mas nessa semana, você avisou nas redes que ela estava fora. A artista teria pedido pra sair para não conflitar com lançamentos dela. Ela te procurou pra falar? Como foi isso? E como foi cantar os versos que compôs especialmente pra ela? Houve alguma chateação?
Xamã: De forma alguma! Não existe treta, nem chateação, em hipótese nenhuma! Inclusive, a comunicação de que não haveria possibilidade de lançar o feat foi feita de uma forma extremamente profissional e carinhosa por parte de todos da equipe dela. Por serem de fora do rap, eu escrevi a parte da Luísa (Sonza) e da Marília (Mendonça), tentei ambientar e trazê-las pro rap. Como a gente está tentando misturar os estilos musicais, achamos justo escrever a parte dela (Anitta) também. Mas tá tudo certo, não tem problema, não, gente! É que a galera da internet gosta muito de treta, né? Aí eles sempre alimentam tretas inexistentes… Eu até brinquei numa postagem, dizendo que eu vou fazer uma banda de forró chamada ‘Fanfiqueiros do Twitter’ (risos).
HG: Ainda assim, temos colaborações incríveis e ousadas! Como foi gravar com Marília, Sonza e Glória? A Agnes, você já tem uma porção de canções…
Xamã: Foi incrível! A Agnes [Nunes] eu não preciso nem falar, porque ela já é de casa, então já é uma coisa homogênea, a gente constrói muito bem juntos. A Agnes escreveu a parte dela da música, Glória Groove também, de uma forma completa e lírica. A Marília Mendonça é uma pessoa absurdamente incrível, um ser humano incrível. Construímos a música através da internet, ela conheceu uma música que eu tinha postado, ‘Áudio Falso’, na internet, curtiu e eu chamei pra fazer a música e foi incrível!
Luísa Sonza também, uma pessoa muito educada e solícita, a equipe dela também. A Luísa é uma artista grande, estamos tentando sair do underground e buscando alcançar as superfícies do mercado brasileiro. Todas as pessoas da equipe da Luísa foram muito educadas, me ajudaram muito. Eu e ela ficamos ouvindo a guia por muito tempo e a gente não enjoou, [“Câncer”] é uma música que gosto muito. Glória Groove, eu não preciso nem falar. Na minha opinião, é o maior nome do rap nacional, não tem ninguém pra mim que seja do nível dela. Só que ela já ultrapassou o rap, é muito maior que o rap. Ela é o pop nacional, né? Espero um dia ter a noção rítmica que ela tem, a voz… a forma como ela se expressa é incrível, sou fã dela.
Foram pessoas que me acrescentaram muito! Como tinha dito antes, virei um artista melhor por conta desse disco, pude conversar com artistas maiores, que me ensinaram coisas maiores sobre música, por isso acho que “Zodíaco” é um trabalho tão grandioso.