Em entrevista à GloboNews após ganhar o “Globo de Ouro” inédito no Brasil, Fernanda Torres apareceu ainda em êxtase com o ocorrido. Ela admitiu que estava desacreditada de sua vitória, enquanto sua mãe, a atriz Fernanda Montenegro, “tinha certeza”. Mesmo com o sucesso de “Ainda Estou Aqui“, a artista disse que não sabe o que teria motivado a decisão da crítica.
Torres garantiu o prêmio de “Melhor Atriz de Filme de Drama” por interpretar Eunice Paiva no longa de Walter Salles. Ela concorria com grandes nomes da indústria, como Angelina Jolie (“Maria”), Nicole Kidman (“Baby Girl”), Tilda Swinton (“O Quarto ao Lado”), Kate Winslet (“Lee”) e Pamela Anderson (“The Last Showgirl”). É a primeira vez que uma brasileira vence a categoria.
Apesar da insegurança, Fernanda revelou que sua mãe “previu” a vitória. “Mamãe tinha certeza. Eu falava, ‘Mãe, não tem [chance]‘. Ela falava: ‘Vai levar'”, recordou. Em seguida, Torres falou sobre a repercussão de “Ainda Estou Aqui”.
“Eu estou chocada. É uma emoção muito grande, mesmo. Por tudo, pela história da mamãe, e com Walter Salles, Eunice e Marcelo Paiva. Esse filme é tão bonito, está movendo tantas coisas”, observou.
Na conversa, a atriz também elogiou as demais estrelas que concorriam na mesma categoria, e opinou sobre sua conquista. “Eu acho que era um ano muito dividido, porque todo mundo merecia. E eu não sei, eu acho que o trabalho da gente… Eu não sei quem vota. A gente está em um trabalho muito forte e meu nome foi vindo. Começou uma campanha bonita comigo, sabe?”, afirmou, creditando à mídia internacional.
O jornalista Ismar Madeira chegou a citar os elogios que Fernanda recebeu por sua atuação, o que a deixou ainda mais em choque com a vitória. “Pois é, mas aí levar um prêmio é muito distante. Eu já estava feliz. Eu estou agora emocionadíssima”, pontuou antes de convidar o público a assistir a “Ainda Estou Aqui” e “O Auto da Compadecida 2“, protagonizado por seu companheiro de elenco, Selton Mello.
Ao final, Torres respondeu se os fãs podem esperar por uma dedicação na carreira fora do Brasil. “Eu não separo a nacional da internacional, é tudo uma carreira só”, cravou a atriz.
Esta foi a primeira vitória do país no “Globo de Ouro” desde 1999, quando “Central do Brasil” venceu como “Melhor Filme em Língua Estrangeira”. A produção, inclusive, foi estrelada por Fernanda Montenegro.
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