A âncora do “GloboNews Em Ponto”, Mônica Waldvogel, não conteve as lágrimas na edição desta quinta-feira (13), ao comentar o projeto de lei que torna a punição para aborto, após 22 semanas de gestação, similar à pena de homicídios. Ao vivo, a jornalista se emocionou e admitiu ter ficado tocada com a aprovação de urgência para o PL 1904. Ela também fez um pedido para que as crianças, meninas e mulheres vítimas de estupro sejam amparadas.
“Eu fico muito tocada com esse sofrimento, porque é muito grande. É muito grande pra essas famílias e pra essas pessoas. Elas não compreendem o que está acontecendo, elas não compreendem a gravidez. Ninguém as informou sobre como isso funciona”, desabafou Mônica.
“Imagine uma menina de família pobre, que sofreu abuso tanto tempo, chegar ao hospital com um bebê na barriga e ser criminalizada, condenada, ser julgada sem que sua trajetória ou dor sejam consideradas?”, questionou a âncora, limpando as lágrimas.
“Então, esse tema me tocou muito. Porque alguém tem que olhar para essa parte da sociedade, que é justamente a que está menos defendida por todo mundo, até pela família”, analisou Waldvogel. Assista:
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Projeto de lei
O projeto é de autoria do deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e contou com o apoio da bancada evangélica, a ala conservadora do Congresso. Até o momento, não tem data para ser votado em plenário da Câmara. Para virar lei, o texto precisa ser aprovado pelos deputados e pelo Senado e, posteriormente, sancionado pela Presidência da República.
O projeto objetiva alterar o Código Penal e estabelecer a aplicação de pena de homicídio simples nos casos de aborto em fetos com mais de 22 semanas. Após esse período, mesmo em caso de estupro, a prática será criminalizada. Atualmente, o aborto é permitido em casos de abuso sexual, anencefalia do feto e risco à morte da mãe no parto. Com o PL, mulheres estupradas que abortarem ficarão presas por mais tempo que seus próprios estupradores.
Segundo informações do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, no Brasil, quase 75% das vítimas de estupros têm menos de 14 anos de idade. Entre meninas e mulheres, o país registra um caso de estupro a cada 8 minutos.
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