BBB 19: Desclassificado, Vanderson dá depoimento e polícia arquiva caso de estupro

Um dos primeiros baphos do “Big Brother Brasil” parece estar caminhando para o fim. Nesta quinta (24), a acusação de estupro contra o acreano Vanderson, que foi desclassificado do programa após ter de deixar o confinamento para depor sobre o assunto, foi arquivada pela Polícia Civil do Acre. Outras duas acusações, por agressão física e importunação sexual, ainda são investigadas. Em entrevista ao G1, o ex-participante do BBB 19 se disse surpreso com toda a história e negou as acusações.

“Não fazia noção do que estava acontecendo. Fui acordado com a notícia de que teria que sair do programa, mas fui ter noção hoje pela manhã quando me contaram quais eram as acusações. Tudo era muito superficial e agressivo, principalmente nas redes sociais”, disse. Ele prestou depoimento na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), em Rio Branco, na quinta-feira.

Vanderson no vídeo de apresentação do “BBB 19”. (Foto: Reprodução/TV Globo)

De acordo com a delegada responsável pelo caso, a denúncia por estupro foi arquivada porque o suposto crime teria acontecido em 2016, quando a lei só levava em consideração casos denunciados em um prazo de até seis meses. As acusações contra ele foram feitas somente depois que o biólogo foi anunciado como um dos participantes do “BBB 19”, em janeiro deste ano.

“Foi meramente questão de prazo. Atualmente, não depende da vontade da vítima, a polícia deve proceder a qualquer momento, mas o fato dela foi anterior a essa mudança”, explicou a delegada Juliana d’Angelis ao G1. Vanderson afirma que agora vai trabalhar para provar sua inocência nas duas outras acusações.

Segundo ele, elas podem ser ter surgido por inveja ou ciúmes nas pessoas depois que ele foi anunciado como um dos novos brothers do reality da TV Globo. “Não consigo visualizar um motivo lógico. Consigo ver pontualidades, um ego ferido, ciúme de alguma coisa ou até mesmo inveja. A gente vive em uma cidade pequena, todo mundo conhece todo mundo. Não sei nem porque ter inveja, sou um professor”.

“Não sou agressivo. Fui criado por quatro mulheres, três irmãs e minha mãe. A vivência com mulher é desde que nasci, trago isso para as relações, sejam de amizade ou amorosas. Isso é extremamente desconfortável porque tenho um histórico de vida, mas alguém pontua uma coisa e cria-se uma situação ou fragilidade emocional ou ego ferido e isso acaba ferindo a integridade do outro”, defendeu o biólogo, que também é coordenador educacional indígena e diz ter aceitado participar do BBB 19 para dar mais visibilidade à causa indígena.

Vanderson na casa do BBB 19. (Foto: Reprodução/TV Globo)

Entenda o caso:

No mesmo dia em que a entrada de Vanderson no “Big Brother Brasil” foi revelada, alguns relatos de abuso e assédio sexual por parte do acreano chamaram a atenção nas redes sociais. Pelo Facebook, uma ex-namorada disse que ele havia a agredido. “Típico relacionamento abusivo que terminou com uma agressão. Eu terminei ainda amando, mas sabia que ele ia me bater de novo”, escreveu ela.

Imagina vc abrir seu celular cheio de mensagens das suas amigas perguntando como eu estava. O rosto do meu ex agressor…

Publicado por Maí Ra em Quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

Vanderson, que chegou a comentar sobre esse relacionamento enquanto estava no reality, deu a sua versão da história ao G1. “Estava tudo bem. Pouco tempo depois ela engatou um namoro com um amigo meu e ele veio falar comigo. Eu disse que achava o máximo. Ela começou a mandar mensagem e falou em reatar o namoro. Falei não, porque o que tínhamos vivido tinha passado. Continuou a mandar mensagem e falei que iria mostrar para o meu amigo, caso ela não parasse. Ela respondeu: ‘Ah é, então tá bom’”, conta. Ele alega que a ex o ofendeu nas redes sociais e falava mal dele para suas amigas.

O ex-BBB também nega as acusações de que dava em cima de alunas, conforme alguns relatos sugeriram. “Sou carinhoso por natureza, abraço homens, mulheres, não tenho problemas com isso. Agora há uma questão que hoje tudo é sexualizado. Sexualiza um abraço, homem não pode beijar homem no rosto. Nunca tive problemas com alunos, ou na escola, nunca fui chamado a atenção. Ontem uma diretora, da primeira escola que trabalhei, foi me receber”, disse.

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