Cristian e Gustavo tentam escapar de acusação de intolerância religiosa, e Fred Nicácio rebate ao vivo; assista

O trio reassistiu aos VTs do reality e teve de falar sobre o episódio que deu o que falar no “BBB 23”

O “Domingão com Huck” deste domingo (5) foi marcado por um climão no reencontro entre Fred Nicácio, Cristian Vanelli e Gustavo Benedeti. Os últimos eliminados do “BBB 23” reassistiram ao episódio em que o cowboy, o empresário e Key Alves demonstraram medo após ver o médico caminhando pelo quarto à noite no reality. Fred, que é adepto de uma religião de matriz africana, classificou o episódio como racismo religioso.

Após eles reverem os VTs, Cristian alegou que tudo não passou de um “mal-entendido”. “Tava tudo escuro. Alguém acorda e tem alguém parado na sua frente. A gente acabou se assustando. Realmente, foi um grande mal-entendido. Também falei muitas vezes que eu quero conversar com o Fred. Enfim, a gente vai conversar e, como ele falou, é civilizado. Lá dentro é um jogo, tudo que a gente teve de embate lá dentro, fica lá. Aqui fora, a gente conversa e é outra coisa”, afirmou.

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As falas de Gustavo seguiram na mesma linha. “A informação chegou lá na hora que a gente tava na cadeira sentado. Mas foi um grande mal-entendido. Depois, assistindo aos vídeos ali do Fred no quarto, é… A gente ficou ali depois, conversando na piscina, foi aquele… Eu sempre rezo à noite, na verdade. Toda noite o Fred via também, sempre rezava. Então, só houve um mal-entendido da parada do Fred ali que ele pisou na mala e depois continuou pra cama dele. Espero que fique lá dentro. Jogo é jogo e aqui fora a gente segue normal. Quero ter a oportunidade de conversar com ele também, se ele estiver disposto. Vida que segue aqui fora”, disse o fazendeiro.

Logo depois, Fred teve oportunidade de comentar o assunto e pontuou como aquilo ia além. “Eu só acho importante que a gente entenda que não foi um mal-entendido. O nome disso é racismo religioso”, iniciou o médico. “Mal-entendido é outra coisa, tá, meninos? Mal-entendido é quando eu entendo uma informação errada”, disse ele.

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Nicácio citou como a reação dos brothers poderia ser diferente caso não fosse ele naquela posição. “O que aconteceu é racismo religioso, intolerância religiosa, porque se fosse alguém rezando um terço de Nossa Senhora, não teria acontecido isso. Mas como eu sou um representante de uma religião de matriz africana, o contexto é levado sempre para o lado negativo. Sempre para o perverso. Sempre para o maligno. Houve uma demonização da minha fé naquele momento”, declarou o apresentador do “Queer Eye Brasil”.

Luciano Huck também se manifestou. “É sobre a gente aprender a respeitar sempre o culto do outro”, disse o comunicador. “Acho que isso que aconteceu no Big Brother acontece muito no dia a dia, não é pouco. Só que dessa vez aconteceu na televisão. Quando é na televisão, ela repercute diferente. Então eu acho que sobram reflexões e aprendizados”, pontuou ele, ressaltando a diversidade religiosa de seu círculo familiar.

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A influenciadora Tia Má, convidada do programa, fez outra fala importante diante da situação. “O BBB é uma amostra do que acontece no mundo aqui fora. Muitas vezes, a gente não se dá conta que o erro de uma pessoa preta é sempre maximizado, e o erro de uma pessoa não-preta é minimizado. Isso acontece na sociedade e acontece no BBB também. Não é uma disputa entre brancos e negros, mas que a gente faça uma reflexão de: por que a gente se coloca nesse lugar? Porque a gente se acostumou com as ausências, e a gente começou a questionar as presenças”, declarou ela.

Ainda no programa, Luciano trouxe à tona a história de que os brothers teriam se evitado após a eliminação. De acordo com Kadu Brandão, colunista do iG, Gustavo e Nicácio não queriam se encontrar nos bastidores de programas do Multishow, nos quais participariam juntos. Já no “Domingão”, onde o encontro foi inevitável, o apresentador se disse feliz em ver todos ali. Fred, por sua vez, pontuou: “Acho que civilidade é o que a gente tem de melhor a oferecer depois de um programa desse. Então, vamos resolver como pessoas civilizadas: conversando”.

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