Maria Beltrão se emociona em tocante homenagem para Artur Xexéo na GloboNews, e recorda amizade com jornalista: “Nasceu para a eternidade” — assista!

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Homenagem mais que merecida! Neste domingo (27), o jornalista Artur Xexéo morreu no Rio de Janeiro, aos 69 anos, após complicações de uma parada cardiorrespiratória na última sexta-feira (25). Figura icônica e sempre presente nas edições do programa “Estúdio I“, da GloboNews, o profissional foi lembrado com muito carinho pela equipe, e principalmente pela apresentadora Maria Beltrão, que orgulhou-se de falar do amigo sob uma perspectiva pessoal.

Logo no início do programa desta segunda (28), após um VT com momentos marcantes de Artur ao longo da carreira, a jornalista pediu licença ao público para fazer uma homenagem ao colega. “Peço licença para falar do Xexéo por uma perspectiva pessoal, até porque se há algo que me enche de orgulho, é saber que eu ganhei o direito de falar dele com alguma intimidade. Como eu escrevi no livro que lancei no ano passado, uma espécie de catarse para lidar com os desafios da pandemia, para mim, Xexéo sempre foi o homem além do ‘mito'”, começou.

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“E hoje encho o peito para dizer que ele não é só meu colega de ‘Estúdio i’, como um grande amigo. Foi isso o que eu escrevi. E que amigo! Xexéo era uma presença, me dava bronca quando eu estava doente e não procurava um médico, me consolava quando eu estava triste, estava sempre comigo. Por trás daquele jeitão ranzinza, que o consagrou, havia um coração gigante, generoso, sensível e amoroso”, revelou Maria Beltrão.

Em seguida, a apresentadora contou alguns detalhes íntimos da relação de amizade que mantinha com Xexéo, lembrando que o jornalista chamava seu marido de “sócio”, após sair uma notícia que ela e o colega de bancada seriam um casal. “Como a gente ria disso! E como celebramos cada segundo desse nosso ‘casamento'”, declarou Beltrão. A apresentadora também falou de uma convulsão que Artur sofreu em 2016 e acordou apenas 30 dias depois. “[Ele] despertou com a certeza que só estava vivo porque precisava resolver algumas pendências. Resolveu cada uma delas, ele me disse. Uma delicadeza de Deus, é isso que eu acredito”, refletiu Maria.

A jornalista também mandou um recado para Paulo Severo, companheiro de Xexéo por mais de 30 anos. “É uma das melhores pessoas que conheci nessa vida. Eu brincava: ‘Xexéo, eu te amo muito! Mas gosto ainda mais do Paulo'”, disse. Emocionada, Maria Beltrão encerrou dizendo: “O resumo é esse, te amo muito, Xexéo. Tenho certeza que você vai continuar intercedendo por cada um de nós aqui. Você nasceu para a eternidade”.

 

No final da edição do “Estúdio I”, a produção preparou um segundo VT, ainda mais emocionante, que foi encerrado mostrando uma montagem de Artur Xexéo sozinho na bancada do programa. “Roubamos aqui as palavras de uma das suas últimas colunas: ‘Alguma pessoas têm a sorte de viver um encontro que transforma suas trajetórias. Eu vivi o meu!’. E assim nos despedimos, nós vivemos o nosso [encontro], Xexéo! Esse programa é pra demonstrar nossa gratidão. De toda a equipe do ‘Estúdio I’. De todos que já passaram por aqui. Obrigada, Xexéo!”, finalizou Maria Beltrão com a voz embargada.

Artur Xexéo foi diagnosticado com um câncer tipo linfoma não-hodgkin de célula T duas semanas atrás. Após uma parada cardiorrespiratória na sexta-feira (25), o estado de saúde do jornalista se agravou e ele faleceu no domingo (27). O carioca era formado em jornalismo pela Facha, e seu primeiro estágio na área foi no Jornal do Brasil. Passou também pelas revistas Veja e IstoÉ, ocupou o cargo de editor do Segundo Caderno, do jornal O Globo, até tornar-se colunista.

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Desde 2015, após a morte do ator José Wilker, Xexéo era comentarista da premiação do Oscar na TV Globo. O jornalista também foi responsável por escrever grandes biografias, como “Janete Clair: a usineira de sonhos”, e “Hebe – A Biografia”. Artur também era um profissional do teatro. Escreveu os musicais “A Garota do Biquíni Vermelho”, “Nós Sempre Teremos Paris” e “Minha vida daria um bolero”, além de comandar a dramaturgia de “Cartola – O mundo é um moinho”. A adaptação brasileira da peça estadunidense “A cor púrpura” também leva sua assinatura.