Paulinha, do ‘No Limite’, chora e dá relato forte sobre estupro que sofreu: ‘Me jogaram num lixo e eu sobrevivi’; assista

Mulheres da equipe Urucum se sensibilizaram com a história

Paulinha, participante do “No Limite“, da Globo, resolveu revelar o significado por trás de algumas das suas tatuagens e contou que foi vítima de um estupro. No episódio desta quinta-feira (27), ela estava reunida com as mulheres da equipe Urucum, Greiciene, Carol Nakamura e Raiana, quando relembrou a violência sofrida e emocionou as colegas.

Em dezembro de 2019, eu tava saindo do trabalho como assistente social mesmo, fiz o resgate de três meninas. Eu saí do abrigo e fui em direção ao ponto de ônibus. Eu tava no ponto de ônibus, até que passou um carro com dois caras”, começou.

Assistente social contou como foi tratada na delegacia após o crime. (Reprodução / TV Globo)

“Eles me levaram pra um lugar, era uma espécie de garagem, construção… Tinha um cobertor no chão. Colocaram um pano na minha cara com alguma coisa que até então eu não sabia o que era, mas eu desmaiei, eu apaguei. Quando eu acordei, eu estava pelada já, sendo estuprada várias vezes“, contou, entristecida. “Eu fiquei lá durante oito horas em cativeiro. No momento que eu acordei, eu tentei resistir algumas vezes, então eu apanhei muito. E eu já não tinha mais forças para resistir, eu fiquei lá jogada“, relembrou.

Ela também relatou como foi tratada na delegacia após ser violentada. “Acho que eles acharam que eu morri. Eles me enrolaram nesse cobertor e me jogaram na área de lixo. Aí passou um casal, que viu que tinha alguma coisa se mexendo. E de lá, acho que era para melhorar, mas piorou porque eu tive que ir pra delegacia, quando eu tava na delegacia, eles perguntaram tipo: ‘Mas com que roupa você estava?’“, descreveu.

Foi então que Paulinha explicou o significado de duas tatuagens. “Talvez, ter sido vítima de estupro, me deixou mais próxima ainda das crianças porque eu não me considero vítima, eu me considero uma sobrevivente do estupro. E aí eu fiz a tatuagem da onça, que é um animal forte e que sozinha faz muitas coisas. E escrevei ‘Melhor que ontem’ depois de tudo que passou“, revelou.

O relato de Paulinha emocionou mulheres da equipe, que consolaram a assistente social. “É uma história tão dolorosa que eu achei que impossível a gente não se apegar à dor que ela sentiu naquele momento“, disse Raiana.

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Eu tenho tatuagens sobre as fases que eu passei em minha vida e eles sempre perguntaram pra mim o significado, falei que era uma história muito pesada”, explicou para o público em seu depoimento. “Achei importante que elas soubessem que às vezes eu fico mais amuadinha ou sensível por conta disso“, concluiu. Assista:

Paulinha não foi a primeira participante que relatou ter sofrido violência sexual. Em seu vídeo de apresentação para o reality show, Simoni também contou sobre o que passou. “Eu sou ex-atleta, hoje eu tenho um CT. Pra mim nada foi fácil, eu fui abusada sexualmente, a vida me deu muito soco, então eu tive que aprender a ser assim na força mesmo“, expôs.

A luta entrou na minha vida numa parte muito difícil, eu estava com depressão. Tinha perdido um irmão meu que era minha estrela, era tudo pra mim e eu perdi ele pro crime. O esporte me salvou. Meu amigo me apresentou o saco e disse: ‘Vai lá e dá soco no saco’. Me senti viva de novo”, disse.

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