Uma das cenas mais chocantes da primeira edição de “Pantanal” foi a castração de Alcides. Apesar da curiosidade do público acerca disso, a sequência emblemática será diferente no remake escrito por Bruno Luperi. Segundo o site Notícias da TV, o autor mudou os rumos da trama e a maneira como o personagem de Juliano Cazarré será violentado com a vingança de Tenório (Murilo Benício).
Tenório sequestrará Alcides e Maria Bruaca (Isabel Teixeira) para torturá-los numa tapera. Inicialmente, o grileiro pedirá que sua ex-mulher solte os cabelos para que ele a estupre na frente do peão, que estará amarrado. A dona de casa ficará desesperada e implorará que Tenório não force o ato sexual. Alcides, por sua vez, começará a xingar o vilão de “corno” – deixando o crápula ainda mais enfurecido.
Alcides será arrastado para um quartinho, quando Tenório contará que vai castrá-lo para que ele fique “mansinho”. Diante disso, Maria suplicará que seu ex não mate o peão, dizendo que ama Alcides. Mas nada será o suficiente… Tenório rirá da cara de Bruaca e bradará que fará “algo muito pior” com seu rival. Ele trancará a porta e, em seguida, a mulher se arrastará pelo chão para tentar enxergar pelas frestas o que ocorre naqueles momentos de terror.
Bruaca e o público terão apenas um vislumbre da situação através dos sons. Inicialmente, Alcides se debaterá e, pouco depois, será possível ouvir os seus berros e urros de dor. A personagem de Isabel Teixeira transmitirá os horrores através do olhar em pânico, enquanto os barulhos dessa crueldade se espalharão para além da tapera, tomando toda a noite no Pantanal.
Após conduzir o suplício, Tenório abrirá a porta e mostrará o resultado de sua tortura. O roteiro não deixa nada explícito, mas sugere ao público que o vilão praticou alguma espécie de violência sexual contra Alcides. O peão surgirá bastante abalado, caído no chão. Além do sofrimento físico, o homem – conhecido por sua brutalidade – ficará muito debilitado pelo que passou, especialmente pelas marcas psicológicas do ataque.
Tenório dirá que Maria recolha o “homem dela”, dizendo que ele não vai servir mais para muita coisa. Bruaca, então, se arrastará até o amado, que se mostrará cheio de dor e vergonha pela situação. Alcides não terá coragem de se abrir sobre o assunto com a amante, mas dará a entender que não foi castrado nos episódios posteriores. “Ele acabou comigo, Maria!”, responderá.
Maria tentará olhar algum lado positivo, dizendo que ele não morreu, mas só chateará Alcides ainda mais. “Vivo, mas não presto pra mais coisa nenhuma! Que adianta ficar com um homem morto por dentro?”, indagará o peão, tomado pelo machismo. Bruaca seguirá tentando acalmá-lo. “Eu vô me contentar só com teus beijos. Com teu carinho”, rebaterá ela, enquanto Alcides deixará evidentes as marcas psicológicas que sofreu. “Até quando? Ocê tem seu fogo, Maria. O maldito apagou o meu. Ele me matou por dentro. Fez de mim um frouxo. Um flozô. E eu vou matar ele por isso. Que, pra isso, eu ainda sô homem!”, responderá.
Em decorrência de sua situação, Alcides deixará Maria livre para seguir com a própria vida, “Vou fazer! E ocê tá livre pra arranjar outro homem que te queira o bem que eu te quero”, dirá o peão. Por fim, o homem narrará tudo para Bruaca, pedindo que ela nunca conte a ninguém. Ainda assim, Maria deixará a preocupação falar mais alto e se abrirá sobre o assunto com Filó (Dira Paes). A mulher de José Leôncio (Marcos Palmeira) mencionará que é importante que seu marido saiba tudo, levando em conta que os crimes foram cometidos dentro da propriedade do fazendeiro.
Em outra cena, Alcides surgirá conversando sobre o assunto com Zaquieu (Silvero Pereira). O peão questionará o amigo sobre como percebeu que era homossexual. Zaquieu estranhará a curiosidade, mas pontuará que sempre se entendeu assim. Aos poucos, Alcides desmistificará o atentado sofrido e a própria sexualidade. A vingança, entretanto, não será deixada de lado.
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