Hugo Gloss

O que esperar de “Liberdade, Liberdade”, nova novela das onze da Globo

Não sei vocês, mas eu adoro uma novela de época. Amo aquele clima de romance proibido, os figurinos extravagantes, os cenários maravilhosos e as cenas de pegação. E foi num clima de Brasil do século XIX que rolou, na última quinta-feira (31), direto da casa Villa Riso, na Zona Sul do Rio de Janeiro, a festa de lançamento de “Liberdade, Liberdade”. E o hugogloss.com, que acompanhou o evento de perto, conta o que podemos esperar da nova novela das onze, da Globo.

Na 1ª fase, Thiago Lacerda vive Tiradentes, Letícia Sabatella é Antonia e Mel Maia é Joaquina, filha do casal. (Foto: Pedro Carrilho/Gshow)

História de uma heroína

A trama tem como pano de fundo o período da Inconfidência Mineira e é focada em Joaquina (Andreia Horta), filha do revolucionário Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes (Thiago Lacerda). Por ser descendente de um homem considerado traidor pela Coroa Portuguesa, Joaquina acaba sendo criada por Raposo (Dalton Vigh), que temendo por sua sobrevivência, a leva embora para Portugal, onde passa a cuidar da criança como se fosse sua filha.

Andreia Horta como a sonhadora Joaquina. (Foto: Globo/João Cotta)

A obra é inspirada livremente no livro “Joaquina, Filha do Tiradentes”, de Maria José de Queiroz, e mostrará uma Joaquina crescida, que carrega no sangue o ímpeto corajoso do pai. Criada como uma nobre, Joaquina retorna à sua terra natal com o nome de Rosa, onde vai lutar pelos princípios e ideais libertadores que aprendeu com Tiradentes.

Questionada sobre a importância da mulher lutando por causas sociais num período conservador, Andreia destacou que sua luta era por direitos humanos. “A Joaquina tá defendendo questões muito básicas, como todas as pessoas terem direito a um prato de comida quente, a serem tratadas como iguais, independente da cor da pele. Então, eu sinto uma voz do pai. Joaquim foi uma voz super de vanguarda e a dela também é. O gênero não tá a frente do que ela tá defendendo, ela tá defendendo humanidade, não são ainda os direitos da mulher“, disse.

Um novo vilão de Mateus Solano

Já nos primeiros capítulos, o companheiro de luta Rubião (Mateus Solano) trai Tiradentes e o entrega para a Coroa, confessando que ele é o líder do movimento, o que resulta em seu enforcamento. Passados 15 anos, Rubião se torna o intendente de Vila Rica e grande aliado dos colonizadores. Ao ficar frente a frente com Rosa, um forte interesse desperta nele, sem saber que ela é a filha do homem que traiu.

Mateus Solano será o vilão José Maria Rubião. (Foto: Inácio Moraes/Gshow)

Se preparando para um novo vilão, Solano confessou ainda estar medindo o tom do personagem, que tem uma crueldade típica dos homens de poder daquela época. “Estamos nos primeiros capítulos, a gente tá estudando o personagem ainda. Eu vou assistir os dez primeiros capítulos como espectador e como ator, anotando o que foi demais o que foi de menos. Em novela a gente não tem o personagem pronto nos capítulos iniciais“. E ele garante que não vão faltar fortes emoções. “O que a gente quer é mostrar que era diferente de hoje, que qualquer coisa era uma briga de vida ou morte, que cortava-se um braço. Então, existe essa selvageria, essa brutalidade, acho que até no tom da novela, não só nas ações, mas no tom, na sujeira, na edição… eu tô muito animado“.

Triângulo amoroso

Xavier ficará dividido entre Joaquina e Branca.

E nem só de luta será a novela. Assim que volta ao Brasil, Joaquina, com toda sua beleza, despertará uma paixão em Xavier (Bruno Ferrari), que foi ficou noivo de Branca (Nathália Dill) antes de partir para Portugal, onde se formou como médico. Ao retornar, ele fica dividido entre seu amor de infância e os encantos de Joaquina.

Nudes

É disso que o povo gosta!!! kkkkk

Como toda novela de época, não podia faltar um Cabaré, né? Em “Liberdade, Liberdade”, o point dos inconfidentes e o local onde eles conseguem debater os ideais da revolução é o Cabaré de Virgínia (Lília Cabral), uma mulher experiente, segura de si, que encanta os homens com sua sensualidade e inteligência. E o local promete ser palco de muitos baphos na novela, já que conta com um time de mulheres deusas como Mimi (Yanna Lavigne), Gironda (Hanna Romanazzi) e Vidinha (Yasmin Gomlevsky).

Lília Cabral maravilhosa! (Foto: Fabiano Battaglin/Gshow)

Virgínia também vai ter papel importante na trama já que ela vai reconhecer que Rosa é Joaquina, filha de Tiradentes que conseguiu sobreviver. Foi ela que ajudou Raposo a fugir com a menina para Portugal, quando seu pai morreu na forca. A dona do Cabaré também terá que tomar muito cuidado após a vinda da Família Real para o Brasil, já que a Coroa vai intensificar a caça aos revolucionários. Ela ainda guarda um segredo conhecidos por poucos: é mãe do vilão Rubião.

Romance gay no séc. XIX

André, personagem de Caio Blat, se apaixona pelo Capitão Tolentino, vivido por Ricardo Pereira.

A homossexualidade também será um dos temas abordados na novela. O Capitão Tolentino (Ricardo Pereira), responsável pela prisão de Tiradentes e aliado de Rubião, viverá um conflito quanto a sua orientação sexual e vai se relacionar com o sensível André (Caio Blat), irmão de Joaquina. A relação promete ser tensa, já que são dois personagens totalmente opostos. Tolentino sabe que homossexuais eram executados naquela época e reprime esse desejo, descontando sua raiva em seu modo violento e agressivo de agir. Já André tem uma sensibilidade que o deixa distante da brutalidade comum entre os homens da época.

Enfim gente, já falamos aí motivos suficientes pra provar que esse será mais um grande acerto da Globo para o horário das onze. Vale lembrar que se trata de uma obra de ficção, inspirada em personagens que marcaram a história do Brasil.

Só existe registros históricos da filha de Tiradentes até sua adolescência. Mostrar uma Joaquina crescida é um trabalho criativo do autor Mário Teixeira. (Foto: Fabiano Battaglin/Gshow)

É uma novela com um mote histórico, mas o desenvolvimento dela é totalmente ficcional. Então, não se deve esperar uma novela histórica, que vá contar um pedaço da história do Brasil. Só nesses pequenos costumes de comer com a mão, andar à cavalo, como que era a sujeira, falta de higiene. Mas o contexto histórico é lançado nos primeiros capítulos e depois vira uma ficção“, explicou Mateus Solano.

Elenco maravilhoso reunido na festa da novela, nesta quinta (31)!

Um clipe de oito minutos mostrando as primeiras cenas foi divulgado na festa de lançamento, já viram? Então, anota aí, gente: é a partir do dia 11 de abril que vamos começar a acompanhar os baphos e reviravoltas de “Liberdade, Liberdade”.

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