Hugo Gloss

Robert De Niro processa ex-funcionária em mais de 24 milhões por assistir a ‘Friends’ no trabalho (e otras cositas más)

O ator Robert De Niro – através de sua produtora, a ‘Canal Productions’ – entrou com uma ação no valor de 6 milhões de dólares, aproximadamente 24,3 milhões de reais contra uma ex-funcionária, alegando que essa teria assistido à Netflix no trabalho, e desviado uma boa quantia de dinheiro. Segundo a revista People, Chase Robinson foi contratada em 2008 como assistente pessoal do veterano do cinema, e mais tarde, promovida ao posto de “vice-presidente de produção e finanças”.

A essa altura, ela recebia um salário anual de 300 mil dólares, cerca de R$1,2 milhão. Dentre as atribuições do cargo, estava a de garantir que nenhum funcionário da Canal usasse a empresa para vantagem ou despesas pessoais. O irônico é que Chase acabou sendo flagrada nesse desvio de conduta que ela própria deveria investigar e coibir. De acordo com os documentos do processo aberto em 16 de agosto, a funcionária teria acumulado gastos enormes para itens de ordem pessoal no cartão corporativo e usado as milhas pertencentes a De Niro para adquirir passagens aéreas, à lazer, para ela mesma.

O ator acusa Robinson de ter gasto 13 mil dólares (R$52 mil) em compras não autorizadas num famoso restaurante italiano de Nova York, e 9 mil dólares (R$36 mil) numa rede de supermercados de produtos naturais. Ela também teria gasto 32 mil dólares (R$120 mil) em serviços de Uber e Táxi, e comprado um arranjo de flores de 1300 dólares (R$ 5300) para o aniversário dela. Chase também foi acusada pela antiga empresa de emitir informações falsas para receber o pagamento de 96 dias de férias, ‘não utilizadas’, o que resultou em mais 70 mil dólares (R$283 mil) para seu bolso.

Sim, a gente também ama “Friends”… mas no trabalho não dá, né?! (Foto: Divulgação / NBC)

Ainda no processo, a acusação deu detalhes do comportamento da ex-funcionária no ambiente de trabalho. De acordo com os documentos, Chase raramente aparecia no escritório, e quando o fazia, se dedicava a longas maratonas na Netflix. Durante um período de quatro dias em janeiro, ela teria assistido a 55 episódios de “Friends” no trabalho. Em outro período de quatro dias em março, ela teria visto 20 episódios de “Arrested Development” e dez episódios da sitcom canadense “Schitt’s Creek”.

Por conta disso tudo, a empresa de De Niro exige um total de 6 milhões de dólares de indenização. Desse montante, uma metade seria por sua “deslealdade e violação da doutrina do funcionário infiel” e a outra pelos “fundos e propriedade desviados pelo réu durante seu emprego”. Procurada pela People, Robinson não se manifestou sobre o caso.

Ela trabalhou para a Canal até 6 de abril de 2019, quando ‘renunciou abruptamente’ de sua posição por e-mail. Na mensagem, Chase “descartou” quaisquer preocupações que a empresa tivesse em relação a ela por “sabotagem corporativa” e até escreveu uma carta de recomendação, que De Niro se recusou a assinar.

 

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